Aos 115 anos de existência no futebol brasileiro, o Atlético-MG certamente é considerado um dos maiores clubes do cenário nacional e sul-americano. Fato é que, apesar dos títulos e de seu enorme legado, o Galo enfrenta uma enorme dívida a ser paga pela entidade aos credores. Ao todo, o montante da dívida do Alvinegro equivale a uma quantia superior a R$ 1,5 bilhão.
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Com a chegada da Arena MRV, o Clube poderá gerar mais receitas através de parcerias e eventos no estádio, mas apenas isso é pouco. Uma das soluções que mais têm sido discutidas pela gestão interna do Galo diz respeito à proposta de transformar o Atlético em SAF, isto é, o time passaria a ser incorporado como uma empresa de sociedade anônima e lucraria com a venda de ações.
Além disso, para um clube se tornar uma SAF, é necessária a venda de uma parcela de seus direitos a investidores interessados. Contudo, essa decisão só é possível se aprovada por todos os órgãos do clube que representem o interesse comum de seus associados.Toda esta questão burocrática passa pelo crivo dos conselhos deliberativo e da figura da presidência. Hoje, a principal liderança ocupada pelo Galo é representada por Sérgio Coelho.
De acordo com Rafael Menin, um dos membros do colegiado que faz parte da atual diretoria do Atlético, a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) deve ocorrer em breve, no entanto ele afirma que muitas etapas deste processo ainda estão em tramitação interna. Segundo Menin, o planejamento depende da aprovação do Conselho Deliberativo:
“O processo continua caminhando. Não é um processo trivial. É uma venda por um valor alto, um contrato complicado. Só podemos levar para frente, que é apresentar para o Conselho, quando todas as premissas estiverem atendidas. No presente momento, a gente ainda discute algumas questões”, detalhou.
Menin ainda destacou como a transformação do Galo em ‘clube-empresa’ é um processo aguardado, tanto pela entidade, como pelos torcedores. Apesar do desejo pelo rápido encerramento, ele citou cuidados para que tudo seja bem encaminhado pensando no futuro do clube após a transformação:
“Estamos procurando o melhor parceiro, o melhor valor, o melhor contrato. A torcida está ansiosa e a gente também está. Sabemos o quanto é importante ter a SAF no prazo mais curto possível, mas não podemos fazer de afogadilho e ter um processo que não vai ser ideal para o clube no longo prazo”, concluiu Rafael Menin, CEO da construtora MRV.