Futebol feminino, ESG e futuro caminham juntos
Antes da bola rolar entre Brasil e Japão, a Neo Química Arena foi palco de uma importante conversa sobre o futuro do futebol. O primeiro B2B da arena reuniu ex-jogadoras, jornalistas e especialistas para debater como o esporte pode contribuir para um mundo mais sustentável e inclusivo. “Hoje a gente veio falar sobre transformações e como podemos pensar nessas transformações por meio do esporte”, afirmou Bianca Venturotti.

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No evento intitulado “Match Day – Sustentabilidade em Campo Experience”, duas rodas de conversa foram realizadas. A primeira debateu o engajamento feminino e práticas sustentáveis, com Milene Domingues, Suleima Sena e Sandra Santos. Suleima declarou: “Faltam plataformas que falem da história das mulheres. Estou há 25 anos no futebol e fundei o Donas FC para dar visibilidade às atletas.”
Para Suleima, contar as histórias das atletas é essencial para mudar paradigmas. “Tem mulheres fantásticas, que, garanto para vocês, se começarem a consumir a história delas, todo mundo sai ganhando.” A jornalista defende que essas narrativas também podem se transformar em ativo de marca, aproximando empresas de causas verdadeiras e com impacto social real.

Evento sobre Inclusão e Sustentabilidade no Futebol Feminino. Foto: Jonas Ponzetto
Diversidade e liderança no centro do debate
A segunda mesa do evento discutiu a atração de investimentos por meio de práticas sustentáveis. Cleiton Carvalho, do Mover Futebol, disse: “O Mover é uma plataforma que conecta pessoas negras, as capacita e impulsiona para chegarem a cargos de liderança. Não existe nenhum outro movimento no Brasil que faça isso.” Também participaram Flávia Arantes do Nascimento e Carol Paiffer.
Para Carol Paiffer, a sustentabilidade precisa ser real e mensurável. “Toda empresa quer resultado. Pode ser simples, como uma menina que saiu da comunidade, teve acesso à educação e transformou sua vida. Se você não conseguir mostrar esse resultado, será só mais um projeto.” A visão foi compartilhada por Patrícia Costa e Paty Miyahira, também presentes no debate.
Com olhar otimista, Milene Domingues reforçou a necessidade de preparar o terreno para a Copa do Mundo Feminina de 2027. “É uma questão cultural. Precisamos trabalhar nos bastidores e falar sobre a Copa Feminina aqui no Brasil.” E completou: “Pode parecer pouco tempo, mas vamos conseguir. Se Deus quiser, será a melhor Copa do Mundo já vista nesse planeta.”

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Futebol como motor de transformação e consciência
O evento mostrou que futebol e sustentabilidade não são temas isolados. Pelo contrário, o esporte pode ser ferramenta poderosa para promover diversidade, equidade e impacto social. Ao reunir nomes do futebol feminino, especialistas em ESG e representantes de movimentos sociais, o pré-jogo Brasil x Japão mostrou que o campo de jogo se estende muito além das quatro linhas.








