Ausência das placas de publicidade
Quem acompanha os jogos da Série A-1 do Brasileirão Feminino notou a ausência das placas de publicidade ao redor do gramado e do banner dos patrocinadores de fundo das entrevistas pós-jogo. Faltando apenas dois anos para a Copa do Mundo Feminina no Brasil, o Brasileirão deste ano começou sem patrocínio, com transmissão parcial dos jogos, sendo divididas entre SporTv, Tv Brasil e responsabilizando os clubes pelas que não forem contempladas na rodada, além de pouca divulgação nas redes sociais.

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As placas de publicidade estavam presentes no Brasileirão Feminino há pelo menos seis anos, quando a competição inaugurou uma nova fase e passou a atrair marcas interessadas. Até os “naming rights” da competição que já havia sido vendido anteriormente na modalidade feminina, como acontece na masculina, não ocorreu este ano.
Na temporada de 2025 tudo iniciou de maneira diferente, o contrato com a empresa responsável pela divulgação do campeonato nas redes sociais acabou. A competição começou sem publicações, a tabela da primeira rodada sequer foi publicada e o trabalho de divulgação iniciou após muitas críticas e reivindicações de torcedores no Instagram.

Brasileirão Feminino. Foto: Pedro Zacchi/AGIF
Desorganização no calendário
A CBF teria achado baixo o valor das renovações com as marcas, a expectativa da entidade é que os novos acordos sejam fechados até o começo das quartas de final da competição. Enquanto isso, haverão placas institucionais de combate ao racismo, ao assédio e ao feminicídio no lugar da publicidade.
“Quando se coloca que até o início das quartas de final isso será resolvido, é a fase mata-mata, em que haverá a definição do campeonato e naturalmente é o seu auge e se tornará mais interessante. Mas por que só vamos conseguir patrocínio no auge? O restante do campeonato não tem a mesma relevância? Ou foi o fato de o calendário ter demorado muito para sair e não deu tempo para buscar os patrocinadores?” questiona a comentarista Amanda Viana.
Neste ano a CBF demorou para definir o calendário do futebol feminino, assim como aconteceu na principal competição masculina. Houveram rumores de que não haveria rebaixamento do ano anterior para aumentar o número de equipes na Série A-1, mas acabou que a entidade manteve a queda para a segunda divisão, entretanto, reduziu a quantidade de rebaixados este ano para duas equipes, enquanto quatro subirão para a elite, buscando chegar ao número de 20 equipes na elite feminina também.

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Passe alto
Existe um grande hall de atletas de qualidade no Brasil. O Relatório de Transferências Global da Fifa, divulgado em janeiro, mostra que as jogadoras brasileiras protagonizaram as negociações com maiores taxas de transferência no futebol feminino em 2024, ao passo que temos muitas jogadoras sendo vendidas para atuar fora, ganhando destaque e mostrando a vitrine que o país possui, a entidade não valoriza a modalidade no Brasil.








