A temporada 2025 da Seleção Brasileira Feminina marcou um ponto de virada competitivo e simbólico. Em um ano de afirmação do modelo de jogo implementado por Arthur Elias, o Brasil não apenas venceu, como passou a competir de forma mais consistente contra seleções de alto nível. Dentro desse cenário, a equipe apresentou identidade clara, elenco ampliado e maior equilíbrio entre intensidade e organização. O crescimento coletivo abriu espaço para novos nomes assumirem protagonismo. E foi nesse contexto que Dudinha se consolidou como o grande destaque do ciclo.

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Dudinha emerge em 2025 como o principal símbolo da Seleção Brasileira Feminina. A atacante combinou velocidade, inteligência tática e capacidade de decisão em jogos de maior exigência, assumindo responsabilidades mesmo diante de adversárias mais experientes. Após trajetórias marcantes nas categorias de base e destaque pelo São Paulo, a jogadora ganhou espaço definitivo no time principal. A aposta feita por Arthur Elias em maio, nos amistosos contra o Japão, se mostrou acertada. Em pouco tempo, Dudinha passou de promessa a peça-chave do time.
A consolidação de Dudinha na equipe principal não aconteceu por acaso. A jogadora respondeu rapidamente às oportunidades, demonstrando maturidade para interpretar diferentes funções ofensivas. Sua leitura de jogo e capacidade de adaptação ao modelo mais intenso e propositivo da Seleção foram determinantes. Mesmo em partidas fora de casa e sob pressão, manteve regularidade e protagonismo. O desempenho reforçou a confiança da comissão técnica e evidenciou a importância da renovação geracional no elenco brasileiro.

Dudinha, Marta e Jhonson na seleção brasileira. Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Números que sustentam a evolução da Amarelinha
Os dados da temporada ajudam a contextualizar o avanço da Seleção em 2025. Em 15 partidas disputadas, o Brasil somou 10 vitórias, dois empates e três derrotas, com 39 gols marcados e 18 sofridos. O aproveitamento de 71,1% representa evolução clara em relação a 2024, período de ajustes após a troca de comando.
Além dos números, o desempenho foi validado pela conquista da Copa América Feminina, o nono título continental em dez edições, confirmando a força regional. Ao longo do ano, o Brasil enfrentou seleções do mais alto escalão mundial em amistosos e competições oficiais.
Vitórias contra Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Itália e Portugal reforçaram a capacidade da equipe de competir fora de casa. Mesmo nas derrotas, o time mostrou padrão de jogo e coragem para propor. Esse cenário fortaleceu o grupo e ampliou o leque de opções para a comissão técnica. A presença constante em jogos grandes foi fundamental para o amadurecimento coletivo.

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Competitividade internacional e jogos de alto nível
No recorte final, 2025 foi um ano de afirmação para a Seleção Brasileira Feminina. Com identidade definida, jovens ganhando espaço e uma referência clara de jogo, o Brasil encerra a temporada entre as seis melhores seleções do mundo. Mais do que um ponto de chegada, o desempenho indica um caminho bem delimitado rumo ao próximo ciclo. Com Dudinha como símbolo dessa nova fase, a Amarelinha se projeta com ambição e consistência. O cenário reforça que o crescimento é estrutural, e não pontual.








