Notificação da FPF expõe problema estrutural
O Corinthians enfrenta um cenário delicado devido ao atraso na reforma da iluminação da Fazendinha, estádio que recebe partidas do futebol feminino e das categorias de base. Com o problema, o clube continua proibido de realizar jogos noturnos no local até a conclusão das adequações. A decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF) foi formalizada em maio deste ano, após a entidade constatar falhas graves nos refletores. Na estreia do Paulistão Feminino, diante do Red Bull Bragantino, as Brabas atuaram com 32 refletores apagados, reforçando a urgência da intervenção.

- Yamila Rodríguez renova contrato com Grêmio até fim de 2026
- Rosana Augusto conquistou três títulos entre Flamengo e Palmeiras em 2025
Logo após a notificação, o Corinthians enviou à FPF um plano técnico com etapas detalhadas para regularizar a situação. O cronograma previa visita técnica em 9 de maio, definição orçamentária até julho de 2025, início das obras de modernização em agosto e conclusão ainda no segundo semestre. No entanto, nenhuma dessas etapas avançou dentro do esperado. A diretora de futebol feminino, Iris Sesso, explicou ao Meu Timão que a complexidade do projeto superou o previsto, tornando inviável cumprir o planejamento estabelecido inicialmente.
Em entrevista exclusiva, Iris Sesso destacou que o processo exige mais do que ajustes pontuais. “Sim, realmente houve um atraso na previsão de poder finalizar toda a questão. O problema é que ali não é uma coisa tão simples de ser resolvida; não é simplesmente uma parte mais elétrica, de troca, não só de lâmpadas, nem tampouco somente de fiação”, afirmou. A dirigente revelou a participação de empresas especializadas, realização de estudos e elaboração de projetos que ainda dependem de licitação, o que prolonga o andamento das obras.

Futebol Feminino. Foto: Pedro Zacchi/AGIF
Diretora admite que solução não deve ocorrer ainda este ano
A dirigente reafirmou que o clube não deve ter tempo hábil para solucionar o problema em 2025. “Acredito que a gente não terá tempo hábil, até o final da temporada, para que isso se resolva. Mas espero, de verdade, que, a partir do início do ano, a gente consiga ter essa definição e resolver esse problema que impacta bastante”, declarou. Segundo Iris, o impasse afeta não apenas o futebol feminino, mas também as categorias de base masculinas e demais eventos que utilizam a Fazendinha.
Com a impossibilidade de utilizar sua casa, o Corinthians precisou alugar outros estádios para mandar partidas noturnas. Desde a proibição, foram seis deslocamentos forçados: três jogos no José Liberatti, incluindo o duelo mais recente contra o Realidade Jovem, além de compromissos no Canindé e no Pacaembu. A dependência dessas alternativas tem impactado diretamente na logística de jogos e na relação com a torcida, que perde a possibilidade de acompanhar o time na Fazendinha à noite.
Entre as alternativas, o Pacaembu foi utilizado em duas oportunidades, mas trouxe prejuízo expressivo ao clube. Somadas as duas partidas, o rombo financeiro ultrapassou R$ 118.407,75, resultado dos altos custos de operação e locação. A situação reforça a necessidade urgente de modernizar a iluminação da Fazendinha, já que o clube enfrenta impactos esportivos e econômicos. A tendência é que, enquanto o problema persistir, os ajustes sigam onerando o departamento.

Veja também
Paulistão paga 16 vezes mais que o Carioca e expõe desigualdade entre estaduais
Expectativa é de resolução no início de 2026
Com o atraso consolidado e sem perspectivas de conclusão neste ano, a expectativa interna é que a solução só ocorra a partir de 2026. A diretoria aguarda a finalização dos estudos técnicos e a definição da empresa responsável pela obra para iniciar, enfim, a modernização. Enquanto isso, o Corinthians convive com limitações significativas em sua programação, mantendo o tema como uma das prioridades estruturais para o próximo ciclo.








