Mudanças estruturais em estudo
A Conmebol está trabalhando em mudanças significativas na Libertadores Feminina a partir da edição de 2027. A informação, publicada pelo jornal argentino Olé e confirmada pelo Lance!, foi validada por Frederico Nantes, diretor de Competições e Operações da entidade. O dirigente destacou que o objetivo é ampliar o número de partidas e fortalecer o torneio, consolidando o crescimento da modalidade no continente.

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Segundo Frederico Nantes, “se trabalha em um novo formato do torneio para 2027, que fortalecerá esta competição, a qual aumentará a quantidade de jogos e multiplicará as oportunidades para os clubes”. A proposta visa tornar a Libertadores Feminina mais extensa, equilibrada e atrativa para patrocinadores e transmissões. A Conmebol acredita que o novo modelo poderá elevar o nível técnico e a visibilidade do futebol feminino sul-americano.
Em contato com o Lance!, a Conmebol confirmou que as discussões seguem em andamento, levando em conta as experiências recentes e os ajustes feitos em edições anteriores. Apesar de ainda não haver definições concretas, a entidade assegura que “já se tem a certeza da implementação de melhorias” no formato atual. As mudanças deverão ser introduzidas de forma progressiva, respeitando o calendário internacional de competições.

Corinthians, campeão da Libertadores 2025. Foto: reprodução/Instagram/@corinthiansfutebolfeminino
Debate sobre sede única e estrutura
Entre as principais reivindicações de clubes e torcedores está o fim do modelo de sede única, adotado nas últimas edições. No entanto, a Conmebol negou que haja, por enquanto, estudos para alterar esse formato. As críticas se concentram nas condições estruturais dos estádios, especialmente em gramados e logística. Dirigentes argumentam que a rotatividade de sedes poderia fortalecer o vínculo com torcidas locais e ampliar o alcance da competição.
Para muitos especialistas, a mudança de formato pode representar um marco na valorização do mando de campo e da representatividade regional. A possibilidade de partidas em diferentes países é vista como uma forma de democratizar o acesso e consolidar o prestígio da Libertadores Feminina. “O torcedor precisa sentir que faz parte do torneio, e isso passa por aproximar o futebol feminino de suas comunidades”, comentou um dirigente ouvido pelo Lance!.
Atualmente, a Libertadores Feminina é disputada por 16 clubes, divididos em quatro grupos de quatro equipes. Os dois melhores de cada chave avançam às quartas de final, em partidas únicas até a decisão. Em caso de empate, o resultado é definido nos pênaltis. Embora o modelo proporcione dinamicidade, há críticas quanto à curta duração e à falta de equilíbrio entre o número de jogos e a preparação das equipes participantes.

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Projeção para o futuro da competição
A Conmebol projeta que o novo formato da Libertadores Feminina traga mais visibilidade, competitividade e retorno comercial à modalidade. A expectativa é que o torneio se torne um pilar de desenvolvimento técnico e econômico para os clubes da América do Sul. “Queremos consolidar a modalidade no continente e garantir às jogadoras e torcidas um espetáculo à altura de sua paixão”, afirmou Frederico Nantes, reforçando o compromisso com o avanço do futebol feminino.








