Virada histórica no Nense
Na última terça-feira (20), o Fluminense carimbou a classificação para as quartas de final da Libertadores após superar o Grêmio nos pênaltis, em uma partida de superação e muita emoção no Maracanã.
Após conseguir quebrar a vantagem conquistada pela equipe gaúcha na primeira partida das oitavas de final, fazendo 2 a 0 ainda no primeiro tempo, o Tricolor acabou levando um gol e a decisão foi para as cobranças de pênaltis, onde o goleiro Fábio brilhou.
Resultado que mantém o Nense na luta pelo bicampeonato da competição continental. Agora, o Time de Guerreiros terá pela frente o Atlético-MG na próxima fase de mata-mata da Libertadores.
Mano Menezes abordou diversas questões em sua entrevista coletiva, uma que chamou atenção, foi o problema superado pela equipe que a deixava em condições desiguais sobre o adversário, que teve o luxo de não atuar no final de semana.
Privilégio que o Grêmio teve
“Jogamos contra um grande adversário. É senso comum que o Grêmio tem uma equipe bastante forte, que não jogou no final de semana. Todos esses jogadores ficaram descansando exatamente para jogar contra a gente. Em função do que herdamos, não podemos fazer isso, no Campeonato Brasileiro, tivemos que jogar com o melhor que temos sempre. Para recuperar uma situação que vem lá de trás”, iniciou o treinador.
A situação dispare fez com que o treinador desabafasse sobre as dificuldades em preparar a equipe com uma agenda repleta de compromissos:
“Um pouco do pecado dessa sucessão de jogos a cada três dias é você não poder fazer treinamento porque no segundo dia, que é o dia que você geralmente pode treinar, já é véspera do jogo. Então os jogadores ainda estão em 48 horas de recuperação você não vai ficar fazendo os caras saltarem, saltarem. Porque você está recuperando-os. Então se perde muito com essa sequência de jogo. Perde qualidade de jogo que você pode oferecer o torcedor, perde condições de poder trabalhar melhor”, detalhou Mano.
Desabafo sobre injustas críticas
Outra questão que foi ‘tirada a limpo’ pelo comandante do Tricolor Carioca, foram as críticas sobre uma possível perca de espírito competitivo, muito por conta da eliminação para o Juventude na Copa do Brasil: “Eu preciso tratar esse assunto com um pouquinho mais de profundidade. Essa questão de só espírito, né. As pessoas acham que quando você não vai bem falta espírito. Não, falta futebol. Não é só espírito, não é só vontade. Do outro lado tem um grande time, tem suas ideias, tem suas qualidades”.
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“Gostaria eu que fosse só vontade, porque aí era só a gente ligar nossos botões da vontade e resolvíamos tudo. Mas não, é muito mais complexo do que isso e a gente precisa saber reconhecer o lado de lá quando você vai fazer o análise de um jogo. Não fica muito simplista. Amanhã ou depois não vamos conseguir entregar e vocês vão dizer que falta espírito e eu vou discordar de vocês”, finalizou.