Como se já não bastasse a agitação das últimas semanas, o Flamengo levou a pior no embate contra o Cuiabá, neste domingo (6), e sofreu uma derrota por 3 a 0 na Arena Pantanal. O revés expressivo incendiou a Nação, que teceu diversas críticas ao desempenho da equipe em campo, e ao trabalho de Sampaoli à frente do Mais Querido.
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No entanto, os problemas não param por aí. De acordo com a jornalista Raisa Simplicio, do portal Goal, o clima nos bastidores do Flamengo não é nada bom. A relação entre jogadores e técnico é difícil, e Sampaoli tem dificuldades em se relacionar com o vestiário. Enquanto o argentino é reservado, de poucas palavras, o elenco prefere discutir ideias e fazer questionamentos. Quem costumava dialogar com os atletas era o ex-preparador físico Pablo Hernández.
A colega ainda afirma que a insatisfação vai para além dos atletas pouco aproveitados. Há um incômodo em relação ao esquema utilizado e funções dentro de campo, mas o elenco não tem encontrado brecha para dialogar com o treinador. Já jogadores da ala defensiva, têm se sentido expostos ao longo das partidas.
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Coletiva após derrota contra o Cuiabá piorou a situação
Além disso, a entrevista coletiva após a derrota contra o Cuiabá não caiu bem para o vestiário. A impressão é de que Sampaoli jogou a responsabilidade para os jogadores do Flamengo e reforçou a ideia de que o elenco escolhe quais jogos irá ter um bom desempenho, o que causa conflito na relação do plantel com a torcida, e reforça discursos de ódio nas redes sociais, segundo o entendimento dos próprios atletas.
Na diretoria do Flamengo há quem acredite que Sampaoli tem a melhor comissão técnica que já passou pelo clube. Há muitos elogios quanto a isso. Por outro lado, há quem tema que o argentino não consiga manter o trabalho a longo prazo por conta da dificuldade em se relacionar.
Por fim, Raisa ainda ressalta que os jogadores acreditaram que Sampaoli seria demitido do Flamengo, após o episódio com Pablo Hernández. No entanto, o argentino foi mantido pela multa contratual e questões judiciais, além do entendimento da diretoria de falta de opções viáveis no mercado. Por enquanto, o comandante segue seu trabalho, mas com altos riscos de demissão, caso não saiba contornar a situação com o vestiário, ou seja eliminado diante do Olímpia, na Libertadores.