Flamengo terá o Racing pela semifinal da Libertadores
A semifinal da Libertadores entre Racing e Flamengo promete reunir dois gigantes do continente, mas que chegam em condições bem distintas quando o assunto é o valor de seus elencos. O duelo, além de ser um choque de estilos dentro de campo, também evidencia a disparidade financeira entre o futebol argentino e brasileiro.
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De acordo com dados de mercado, o elenco do Racing está avaliado em cerca de R$ 430 milhões, enquanto o Flamengo alcança a marca de R$ 1,3 bilhão. A diferença de quase três vezes mostra como o rubro-negro construiu um dos elencos mais caros e poderosos da América do Sul, enquanto o time argentino aposta em uma mescla de jovens talentos e atletas experientes formados em casa.
O Flamengo tem no elenco nomes valorizados internacionalmente, como Arrascaeta, Pedro, De La Cruz e Samuel Lino, que figuram entre os atletas mais caros do continente. O investimento pesado ao longo das últimas temporadas consolidou o clube carioca como potência também fora de campo, capaz de competir em cifras com equipes europeias de médio porte.
Elenco do Flamengo é 3 vezes mais caro que do Racing
Já o Racing mantém a tradição argentina de revelar talentos e trabalhar com orçamentos mais modestos. Mesmo sem o poderio financeiro de rivais brasileiros, o clube de Avellaneda eliminou o Vélez Sarsfield e chega à semifinal mostrando força coletiva e disciplina tática, duas características que compensam a diferença econômica em relação ao Flamengo.
Filipe Luís de Flamengo tem um elenco mais caro que do Racing – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Essa disparidade também reflete o atual cenário do futebol sul-americano: enquanto clubes brasileiros surfam em contratos milionários de TV, patrocínios e bilheteria, equipes argentinas sofrem com limitações econômicas e a constante exportação precoce de jovens para a Europa. Ainda assim, o Racing mostra que a competitividade da Libertadores não depende apenas do tamanho do investimento.
Flamengo é favorito a passar para final contra o São Paulo
Dentro de campo, o Flamengo entra como favorito pelo peso do elenco e pela diferença de mercado. No entanto, a pressão sobre os cariocas será proporcional ao valor que carregam. Cada eliminação precoce tem um impacto ainda maior, dado o investimento bilionário que sustenta o time. Já o Racing chega mais leve, mas motivado, sabendo que eliminar um gigante financeiro do continente pode se tornar um feito histórico.
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Assim, a semifinal entre Racing e Flamengo vai além do futebol. É também o embate entre duas realidades econômicas, duas formas de gestão e dois caminhos distintos para chegar entre os quatro melhores da América. De um lado, o poder financeiro e a profundidade de elenco rubro-negro; do outro, a tradição de resistência argentina, que insiste em competir mesmo em meio a disparidades tão grandes
