Apesar da medalha de prata não ser o resultado esperado na decisão doMundial de vôlei feminino, José Roberto Guimarães enxerga a campanha brasileira como positiva. O time, que vive um processo de renovação, encontrou soluções, enfrentou dificuldades e superou potências ao longo de sua caminhada, como Itália e China. O técnico avaliou que o torneio gerou aprendizado ao elenco brasileiro.
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“Sempre que você perde, preocupa. Mas isso faz parte. Fizemos um grande campeonato a meu ver. A gente saiu de situações difíceis. Mas, se olharmos para trás, demos passos importantes para o futuro. Nós saímos do Brasil completamente desacreditados e chegamos a uma final de Mundial. E isso diz muita coisa para gente. O que a gente não pode é, por causa desse jogo, achar que foi tudo ruim. Foi bom. Aproveitamos, aprendemos. Passamos por momentos difíceis e superamos”, analisa o experiente treinador brasileiro.
Inclusive, Zé admitiu que esperava certo tempo para oprocesso de renovação render frutos, diferente do que aconteceu com os vices na Liga das Nações e no Mundial deste ano. “Eu acho que a gente deu passos largos por chegar onde a gente chegou, em uma renovação que está vindo aí. Achei que foi até precoce. Achei que a gente fez mais do que eu pensei que a gente fosse fazer. Essas são jogadoras são muito importantes porque são jovens e ainda têm um caminho grande pela frente. Jogar nesse nível vai ser muito importante para elas”, afirma o técnico, que continuará à frente da Seleção visando a classificação aos Jogos de Paris 2024.
Questionado sobre a lição deste Mundial, Zé bateu na tecla da união do grupo em momentos adversos, como ocorreu após a derrota para o Japão na primeira fase. O próprio time asiático esteve perto de eliminar a Seleção nas quartas de final, mas as brasileiras reagiram, saíram de dois sets abaixo e ganharam de virada no tie-break.
“A lição que fica é que como nos agarramos nos jogos que conseguimos vencer. Como foi importante. Essa é a lição do que ficou. Porque o Brasil mostrou muita personalidade. Isso os times sabem que o Brasil tem. Acho que a gente tem de manter a cabeça erguida, olhar para frente. Ver o que deu certo e, lógico, o que não, onde cometemos erros. Estou feliz por onde chegamos. Resultado poderia ser melhor, mas chegar em uma final de Mundial não é fácil. O importante é continuar e elas sentirem o que faltou. É um degrau a mais. A energia que esse grupo mostrou foi muito legal de união”, completa o técnico.