O derretimento de geleiras no planeta gerado pela crise climática libera milhões de toneladas de bactérias no meio ambiente, segundo um novo estudo recente publicado na revista científica Nature Communications Earth & Environment. Esses microrganismos fornecem uma média de 650 mil toneladas de carbono por ano e esse ritmo deve persistir nas próximas oito décadas.

Derretimento das geleiras libera dezenas de milhares de bactérias poluentes, alerta estudo. Imagem: Pixabay.
Derretimento das geleiras libera dezenas de milhares de bactérias poluentes, alerta estudo. Imagem: Pixabay.

As informações são do site da revista Galileu. Para chegar a essa conclusão, o estudo reuniu amostras de gelo derretido de várias formações no Norte do planeta. Os cientistas coletaram gelo do derretimento de oito geleiras na América do Norte e na Europa, além de duas da calota de gelo da Groenlândia. Os pesquisadores estudaram as amostras para aprender mais sobre a microbiota no escoamento.

Derretimento das geleiras libera dezenas de milhares de bactérias poluentes, alerta estudo. Imagem: Pixabay.

Derretimento das geleiras libera dezenas de milhares de bactérias poluentes, alerta estudo. Imagem: Pixabay.

O resultado foi alarmante: havia dezenas de milhares de micróbios em apenas milímetros de água coletada: “Estamos vendo as geleiras morrerem diante de nossos olhos, afetando os micróbios que estão lá, com implicações local e globalmente. A massa de micróbios liberada é vasta mesmo com aquecimento moderado”, disse Arwyn Edwards, da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, e parte da equipe do estudo, ao site The Guardian.

Ainda de acordo com a publicação na Galileu, a estimativa do estudo representa um aumento modesto e contínuo nas emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos gases causadores do efeito estufa. Porém, se as emissões forem cortadas, diminuindo o aquecimento global e o derretimento do gelo, a massa de microrganismos liberada seria reduzida em cerca de um terço.