O Corinthians sofreu mais uma derrota fora de campo. O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que o clube terá de desembolsar mais de R$ 8 milhões ao atacante Gustavo Mosquito, referente à rescisão contratual com o jogador. A decisão, tomada no plenário virtual da 1ª Turma, terminou com placar de 4 a 0 e encerrou as últimas esperanças do Timão de reverter o processo.

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O voto que chamou atenção
O detalhe curioso é que Alexandre de Moraes, conhecido torcedor corintiano dentro da Corte, votou contra o clube. O ministro acompanhou o relator Cristiano Zanin, que rejeitou os argumentos apresentados pelo departamento jurídico do Corinthians. Os ministros Cármen Lúcia e Flávio Dino também se alinharam ao voto.
O imbróglio com Mosquito
A disputa judicial teve início em julho de 2024, quando Mosquito – que também atende pelo nome de Gustavo Silva – conseguiu a rescisão de contrato na Justiça do Trabalho.
O atacante alegava atrasos recorrentes em depósitos de FGTS e no pagamento de direitos de imagem. Inicialmente, a ação havia sido negada em primeira instância, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região reverteu a decisão e reconheceu a quebra contratual.

Gustavo Mosquito, ex-jogador do Corinthians, comemora seu gol durante partida contra o America-MG no estadio Arena Corinthians pelo campeonato Brasileiro A 2022. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Segundo o TRT2, a multa não tem relação com a discussão nacional sobre a chamada pejotização, mas sim com salários, 13º e férias proporcionais que deixaram de ser pagos até o fim do vínculo – que iria até junho de 2026.
Defesa frustrada
O Corinthians tentou levar o caso ao STF pedindo a suspensão do processo, argumentando que Mosquito recebia parte de seus vencimentos via empresa própria, e que o tema deveria ser avaliado no âmbito da discussão da pejotização. Mas Zanin descartou essa interpretação e foi categórico:
“A intenção do agravante é utilizar a reclamação como sucedâneo recursal, finalidade essa que não se compatibiliza com a sua destinação constitucional”, escreveu o ministro em sua decisão.
Sem sucesso nas instâncias superiores, o Timão agora precisa encarar a conta milionária.
A vida de Mosquito após o Timão
Mosquito, hoje com 27 anos, construiu uma passagem discreta, mas de identificação com o clube: foram 176 jogos e 18 gols com a camisa alvinegra. Após a saída conturbada, ainda atuou pelo Vitória no Brasileirão antes de se transferir para o Júbilo Iwata, do Japão, onde tenta reerguer a carreira.

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Enquanto isso, o Corinthians acumula mais uma dor de cabeça financeira em meio a uma temporada turbulenta. Lembrando que o clube alvinegro ainda tenta resolver o transfer ban pela dívida com o Santos Laguna, no México, pelo Félix Torres.








