Derrota amarga escancarou vacilo de Dorival em Clássico
No último sábado o Corinthians enfrentou o São Paulo pela 15ª rodada do Brasileirão Betano, no Morumbis e foi derrotado por 2 a 0. Resultado complicado par o Timão, pois deixou a equipe mais afastada do G-4 da competição, porém, mais que os números, perfeitamente reversíveis, o que preocupa é a postura do time dentro de campo.

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Agora, a equipe treinada por Dorival Júnior soma 19 pontos, na 10ª colocação, cinco a menos que o Palmeiras, que abre a zona de classificação para a Libertadores. No entanto, para buscar essa diferença, é preciso mais competitividade.
O problema vai muito além do apontado por Dorival Júnior, que culpou a falta de energia para encurtar os espaços, o que deixou o São Paulo livre para criar. Aliás, a criação foi uma das panes do Alvinegro.
Tal problema, foi apontado por Rodrigo Garro. Porém, as escolhas de Dorival na escalação também proporcionaram a superioridade do rival. Breno Bidon, André Carrillo e Rodrigo Garro formaram um meio-campo apático, incapaz tanto de impor respeito na marcação, como também sem capacidade para propor o jogo, morder o adversário.
Faltou pegada e uma tática mais consistente contra o São Paulo
Não foi (só) questão de peça, foi de desencaixe. O Corinthians subiu a marcação, mas parecia não saber exatamente por quê. Tentou pressionar os três zagueiros do São Paulo e acabou facilmente driblado — literalmente e taticamente. Resultado? Um meio de campo engolido em inferioridade numérica, cinco são-paulinos contra três ou quatro corintianos perdidos, e o jogo virou treino para quem sabia o que fazer com a bola.

Memphis Depay em ação contra o São Paulo. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Contudo, a saída de Memphis foi outro cenário incompreensível do ponto de vista estratégico. O camisa 10 holandês teve uma atuação discreta em termos de intensidade, mas não o suficiente para justificar sua substituição. No entanto, Dorival revelou que escolha em tirar Depay, se deu por questões técnicas.
Por que sacar Memphis foi uma escolha equivocada?
Memphis foi responsável pela principal chance do Corinthians no primeiro tempo, ao dar um passe preciso para Romero, que finalizou para defesa de Rafael. Também participou de uma boa tabela com Garro, em lance que terminou com um chute perigoso de Matheus Bidu.

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No entanto, o ponto aqui é: Com Héctor Hernández, Kayke Ferrari, Kauê Furquim e outros reservas pouco empolgantes à disposição, fazia sentido o técnico tirar um de seus melhores talentos individuais? A substituição só se justificaria por razões internas, desconhecidas do público e da imprensa. Em termos técnicos, táticos e até físicos, fica difícil entendê-la.








