O Corinthians largou com enorme personalidade na semifinal da Copa Betano do Brasil. A vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, nesta quarta-feira (10), no Mineirão, teve Memphis Depay como autor do gol decisivo — mas foi o jovem Breno Bidon o grande nome da noite.

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Aos 20 anos, o meio-campista revelado no Terrão voltou a mostrar que não se esconde quando a pressão aumenta. Pelo contrário: cresce. Em Belo Horizonte, Bidon foi o termômetro do time de Dorival Júnior, ditando ritmo, controlando o meio-campo e incomodando praticamente todos os jogadores da Raposa.
Motor do Corinthians
Logo nos primeiros minutos, ficou claro que o Corinthians estava bem mais ligado do que o Cruzeiro, mesmo diante das campanhas distintas no Brasileirão. E muito disso passou pelo desempenho de Bidon. Inteligente para se posicionar, rápido no pensamento e maduro nas tomadas de decisão, ele foi o ponto de equilíbrio do quarteto formado por José Martínez, Maycon e André Carrillo.
O camisa 27 controlou o jogo. Acelerava quando precisava, pausava quando era necessário e travava qualquer tentativa de saída rápida do time mineiro. Sua leitura de espaços foi fundamental para neutralizar o setor mais forte do Cruzeiro.
Participação direta no gol
O lance do gol de Memphis Depay nasce justamente da influência de Bidon no meio-campo. Depois de participar da construção inicial, ele recebe, levanta a cabeça e aciona Carrillo com liberdade pela direita.
A jogada avança, Yuri Alberto escora e Depay aparece na área para finalizar com categoria aos 21 minutos. Sem Bidon, o ritmo da jogada não teria sido o mesmo.
Personalidade de veterano
A maturidade do jovem impressiona. Em mais um jogo grande, longe de casa, em semifinal, diante de um Mineirão lotado, Breno não tremeu. Ao contrário: assumiu o protagonismo e colocou o Corinthians no bolso por longos momentos.
Além da participação ofensiva, foi peça importante na recomposição e na pressão pós-perda, sempre dificultando a vida de Matheus Pereira e companhia. Perdurou em campo até os 40 minutos da etapa final, quando foi substituído por Angileri.
O “cara” do Corinthians no Mineirão
Memphis decidiu, Carrillo desequilibrou, Martínez manteve o padrão — mas o dono do jogo foi Breno Bidon. O garoto cresceu mais uma vez quando mais precisava. E, se o Timão volta para São Paulo com vantagem, muito se deve à personalidade e ao futebol desse jovem que já se comporta como veterano.

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