Vasco sobe no ranking
O gol de Puma Rodríguez contra o Bahia não apenas simbolizou a virada e o fim de um jejum de 130 dias sem vitória em São Januário no Brasileirão. Ele também reforçou uma marca que hoje diferencia o Vasco no campeonato: a força da bola parada. Já são 12 gols a partir do fundamento, o que representa 33% dos 36 gols da equipe no torneio.

O dado chama ainda mais atenção quando comparado ao rival Flamengo, líder de gols no Brasileirão. O rubro-negro balançou as redes 48 vezes, mas apenas 11 em bola parada — ou seja, 23% do total.
Na prática, isso significa que o Vasco gera um terço de sua produção ofensiva em jogadas ensaiadas ou de bola parada, enquanto o Flamengo depende muito mais de construções em bola rolando.
Apesar de ter menos gols no geral, o Vasco figura entre os quatro melhores times da Série A nesse quesito, ao lado de Mirassol (34%), Cruzeiro (33%) e Palmeiras (36%).
Já o Flamengo, mesmo com o ataque mais positivo do torneio, aparece apenas na quinta colocação, muito mais pela quantidade de gols absoluta do que pela proporcionalidade.
A comparação escancara o estilo: se o Flamengo é amplo no ataque e diversifica a origem de seus gols, o Vasco transforma um detalhe em arma. Nos últimos cinco gols da equipe carioca, todos nasceram de bola parada — número que ajuda a explicar porque, mesmo em meio a dificuldades, o time de Fernando Diniz se mantém competitivo. Os dados foram levantados pelo Gato Mestre, do Ge.
Nas falhas a comparação muda
O contraste aumenta quando se olha para o outro lado do campo. O Vasco também lidera um ranking negativo: já sofreu 10 gols por falhas individuais, mais do que qualquer outro time. No Flamengo, o peso das falhas desse tipo é bem menor, já que a equipe sofre menos gols totais e tem equilíbrio maior defensivo.