Conseguir qualquer lembrança de um ídolo é uma tarefa difícil, porém, de muito valor. Quem recebe ao menos um autógrafo de um jogador de futebol que admira, sabe o que isso significa sentimentalmente. Agora imagina que existe algumitem misterioso guardado do seu craque preferido, que pouquíssimas pessoas tiveram acesso e que há 50 anos está protegido. Pois é justamente o que o Santos fez com o último armário que o Pelé utilizou na Vila Belmiro.

Getty Images/Gareth Cattermole – Pelé deixa mistério na Vila Belmiro
Getty Images/Gareth Cattermole – Pelé deixa mistério na Vila Belmiro

O Peixe mantém o armário do Rei intacto, com apenas uma porta a mais protegendo, mas fechado desde a última vez que Pelé o utilizou. O item mais misterioso da Vila Belmiro voltou a ser assunto após o avanço do projeto que vai transformar o antigo estádio em uma arena de padrão FIFA. O historiador Gabriel Pierin, que trabalha de guia no Santos, explica como funciona a proteção do espaço, que está fechado desde 1974.

“Todos os armários passaram, ao longo das décadas, por inúmeras reformas, se modernizando ao longo do tempo. A única coisa que permanece igual, na mesma posição, é o armário do Pelé. Tanto é que ele é revestido por uma porta. Dentro dessa porta, que está trancada, o armário dele é o mesmo de quando ele deixou a Vila Belmiro”, detalha Gabriel Pierin.

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Dentro da 16ª ala do vestiário, está uma peça de roupa depositada pelo próprio Pelé desde a partida contra a Ponte Preta. Na vitória de 2 a 0 do Santos, o Rei não fez gol, mas marcou na história naquele 2 de outubro. A despedida de Pelé deixou até os dias de hoje esta incógnita no Clube, que pode voltar a ser debatida no dia 18 de janeiro, quando uma reunião sobre a nova arena será discutida e o rumo do armário definido.

“No dia em que ele se despediu, se ajoelhou em frente ao armário, agradeceu por toda sua trajetória vitoriosa e por tudo que o Santos representou na vida dele. E ele deixou uma peça de roupa particular dele dentro do armário e trancou. Eu nunca vi esse armário aberto. É uma mística do Santos”, completou o historiador do Santos.