O poker de apostas altas e caras é um mundo totalmente diferente. É preciso muito sangue frio, paciência e grande habilidade para se sobressair no cenário High Roller. Essas características já foram colocadas à prova para o australiano Michael Addamo, dono de quatro braceletes da WSOP e mais de US$ 22 milhões em ganhos no circuito presencial, segundo o “The Hendon Mob”.
Há 6 anos, o jogador aderiu ao estilo de vida vegano. E essa preferência de Addamo não é uma exclusividade dele no cenário do poker, tanto que outros craques também seguem a cultura, caso do trio brasileiro formado por Alisson Piekazewicz, Fabiano Kovalski e Felipe Boianovsky. Os três inclusive participaram recentemente do podcast “zonav”, apresentado por Ricardo Laurino, presidente da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira).
Em entrevista ao “PokerNews”, Addamo revelou que a ética é algo fundamental para ele e que se preocupa em trazer benefícios a sociedade como um todo. Além disso, o jogador contou que não dispensa nenhum esporte no tempo livro, mas que também passou a se dedicar ao mundo das artes. O craque do jogo de apostas altas afirmou que nos últimos meses decidiu encarar processos criativos como desenhar, dançar e improvisar.
Do xadrez para o poker
A caminhada não é uma novidade. Vários jogadores de poker começaram nos esportes da mente através do xadrez, como os brasileiros Rafael Moraes e Thiago Crema. De acordo com a entrevista publicada no “PokerNews”, Addamo fez essa transição em 2012 e o motivo não poderia ser outro se não a questão financeira. “O fato de você ter que colocar seu próprio dinheiro suado em jogo para cada uma de suas decisões, achei fascinante”, disse ele.
O jogador também afirmou que a autoconfiança dele foi fundamental para obter grandes resultados no poker. Segundo o craque australiano, o conjunto de habilidades que ele possuía no xadrez poderia facilmente ser transferido para o baralho. Ele disse que ficou seduzido pela estratégia do jogo e a complexidade existente, podendo observar os padrões dos adversários e explorar as fraquezas deles.