Universos masculinos

O futebol feminino já foi proibido no Brasil e só tornou regulamentado há 40 anos. O poker também sempre foi um jogo majoritariamente masculino, contudo na última década o número de mulheres praticando cresceu exponencialmente. Nesta segunda-feira (6), o baralho e a bola se encontraram para uma troca de experiências entre a embaixadora do PokerStars, Lali Tournier e a meio-campo do Palmeiras, Camilinha.

Lali Tournier (à esquerda) e Camilinha (à direita) trocam experiências sobre poker e futebol
© Mayza Basso/Bolavip BrasilLali Tournier (à esquerda) e Camilinha (à direita) trocam experiências sobre poker e futebol

O centro de treinamentos do Palmeiras, na Barra Funda, em São Paulo, foi o palco do encontro. A mesa e o baralho personalizado com as cores do Verdão foram o destaque da aula sobre o esporte da mente. No jogo de poker não existe o chamado “coringa”, mas chamou a atenção que neste baralho a figura era representada por um porco, assim como as cartas pretas (espadas e paus) estavam impressas na cor verde.

Dicas de Pro da Lali Tournier. Reprodução PokerStars Brasil

As duas também foram para o campo de futebol, onde Lali recebeu orientações de como chutar um pênalti. Camilinha contou que quando ainda era uma criança, encarou o preconceito para ser jogadora dentro da própria família. “O meu tio me chamava de ‘machona’ e isso me marcou muito. Eu consegui provar para ele que é possível, hoje estou em um grande clube. Ele não sabendo me motivou muito”, disse a jogadora que também já vestiu a camisa da Seleção.

Nas mesas de poker, Lali encara os melhores do mundo, independente do sexo. Para ela, as mulheres devem romper as barreiras e se aventurar também em jogos mistos, não somente nos chamados torneios ‘Ladies’. “Vai ser um pouco mais difícil para você do que para um cara, você vai ter que passar por mais obstáculos porque é um meio predominantemente de homens ainda, mas poker é para todos”, disse a embaixadora do PokerStars.

As atletas e a gravidez

Um dos grandes empecilhos para as atletas femininas é a gravidez. Tanto Camilinha, quanto Lali Tournier disseram que desejam ser mãe no futuro. A jogadora de poker afirmou que é possível conciliar a maternidade com a profissão dela, enquanto para a meio-campo do Palmeiras, o projeto deve ser concluído quando ela se aposentar dos gramados.

Lali Chuta pênalti na Camilinha (Foto: Mayza Basso/Bolavip Brasil)

“Eu penso sim em ter filhos, quando eu me aposentar, tenho esse desejo há muito tempo, já deixei muito claro para minha família. Nos Estados Unidos quando eu joguei teve atletas que elas conseguiram conciliar, o clube ajudou, elas viajavam com filhos, as atletas ajudaram”, disse Camilinha que atuou por quase 5 temporadas no Orlando Pride.

Lali ensina poker para Camilinha. (Foto: Mayza Basso/Bolavip Brasil)

Foi na terra do “Tio Sam” que ela teve o primeiro contato com o poker. “Em 2018, entre amigos, eles passaram o básico e eu fui na cara e coragem”, contou a craque palmeirense que já se aventurou online e costuma praticar em família outras atividades com baralho, como “pife”, “black jack” e “buraco”. “Eu acho bem legal esses jogos de cartas, mas não tenho tanta gente próxima que jogue, é mais em família mesmo”, finalizou.

Colaborou: Mayza Basso foi ao evento à convite do PokerStars.

O baralho palmeirense (Foto: Mayza Basso/Bolavip Brasil)

O encontro nas redes sociais:

Reprodução Instagram @lalitournier