Em 2014, um brasileiro escreveu o nome na história do poker mundial. Bruno Foster foi o primeiro tupiniquim a atingir uma mesa final do “Main Event” da WSOP. Naquela época, a decisão do prestigiado torneio era disputada somente em novembro, por isso os nove finalistas eram chamados de “november nine”. Quem venceu aquela disputa e levou o bracelete de campeão mundial foi o sueco Martin Jacobson.
Bruno Foster acabou sendo eliminado em um honroso 8º lugar, levando US$ 947.172. Depois disso, o brasileiro se tornou uma referência do esporte da mente, até por isso a opinião deste craque merece sempre ser levada em conta. O jogador reside em Fortaleza, no Ceará, mas está presente em Las Vegas para os torneios da WSOP 2023 e através das redes sociais, respondeu o que pensa sobre a equiparação dos braceletes conquistados de forma online e os presenciais.
“A mídia quer enfiar goela abaixo, mas não tem como achar que um bracelete ganho na WSOP em Vegas, jogando ao vivo, olho no olho, tenha o mesmo valor que um bracelete onde o cidadão ganhou jogando no quarto de casa”, escreveu ele. O Brasil possui 22 joias de campeão mundial de poker, sendo que 10 foram alcançadas de forma presencial. Até mesmo Yuri Martins e João Simão, os únicos bicampeões, possuem ao menos um bracelete online.
“Ambos têm seus méritos, mas obviamente ficam em prateleiras diferentes né? Até porque foram conquistados de formas diferentes ‘live’ e ‘online’. Então, por natureza, no meu entendimento, já são naturalmente diferentes”, complementou Foster. O primeiro brasileiro a ganhar um bracelete de forma presencial foi Alexandre Gomes, em 2008, já no âmbito online, Marcelo Pudla conquistou a joia em 2020.
Vale ressaltar que os torneios online da WSOP começaram a ser disputados justamente em 2020. Isso porque o mundo vivia uma grave crise de saúde com a pandemia do Coronavírus. Naquele ano, o nosso esquadrão levou 4 joias, enquanto em 2021 foram outras 6 e no ano passado conquistamos mais 2. Nesta temporada, em Las Vegas, Rafael Reis levou o título do Evento #15 (US$ 1.500 6-Handed NLH).
Confira todos os braceletes brasileiros na WSOP:
1º – Alexandre Gomes (2008) “live”
2º – André Akkari (2011) “live”
3º – Thiago Decano (2015) “live”
4º – Roberly Felício (2018) “live”
5º – Murilo Figueiredo (2019) “live”
6º – Yuri Martins (2019) “live”
7º – Marcelo Pudla (2020) “online”
8º – Yuri Martins (2020) “online”
9º – Eduardo Garla (2020) “online”
10º – Leonardo Mattos (2020) “online”
11º – João Simão (2021) “online”
12º – Thiago Crema (2021) “online”
13º – Eduardo Pires (2021) “online”
14º – Lúcio Lima (2021) “online”
15º – Renan Bruschi (2021) “online”
16º – Eduardo Rodrigues (2021) “online”
17º – Paulo Joanello (2021) “live”
18º – Pedro Bromfman (2022) “live”
19º – João Simão (2022) “live”
20º – Rafael Caiaffa (2022) “online”