Problema milionário estoura no Palmeiras
O Palmeiras se prepara para encarar seu próximo desafio no Campeonato Paulista, que acontece neste sábado (24), contra o Mirassol, na Arena Barueri. Depois do empate amargo no Derby da última rodada, a missão fundamental é a vitória.
Entretanto, nesta sexta-feira (23), estourou uma notícia indigesta nos bastidores do Clube, por conta do problema gerado pela dívida com a Samsung que virou uma bola de neve, devido ao não pagamento de multa rescisória que não foi quitada para que a Fiat assumisse como patrocinador máster do Clube em 2010.
Na época, o Palmeiras era comandado por Luiz Gonzaga Belluzzo, que presidiu o Maior Campeão do Brasil entre 2009 e 2011. O economista de renome no cenário nacional, concedeu entrevista para o jornalista Danilo Lavieri, do portal Uol Esporte e explicou como o problema começou.
O ex-mandatário do Palestra não se esquivou dos fatos e admitiu que sua gestão errou. Belluzzo inclusive, ressaltou que assim que soube do novo status da condenação, procurou pessoas de seu staff na época, para entender melhor o caso.
A dívida do Palmeiras multiplicou
Lavieri foi além em sua apuração e foi buscar no passado a raiz do problema. O jornalista apontou que quando aconteciam as movimentações para a troca do patrocinador, a Fiat chegou a depositar R$ 7 milhões para que a multa fosse paga, porém, a gestão de Belluzzo não fez o repasse, como o próprio ex-presidente confirmou.
“Eu passei o dia falando com as pessoas da minha gestão na época para entender o motivo. Quando assumi o Palmeiras, tínhamos dívidas que inclusive poderiam resultar em cadeia. Não pagavam impostos, tinha atraso de salário, de imagem e tudo mais”, iniciou Belluzzo, apresentando um panorama do Clube na época.
Na sequência, Belluzzo afirmou que tem dúvidas sobre como o dinheiro foi aplicado na época e assumiu a responsabilidade. “Eu tenho a impressão que usamos o dinheiro que a Fiat nos depositou para outros fins, mas eu não tenho a certeza de como. Estou falando com as pessoas para entender, mas, de qualquer jeito, o que aconteceu na minha gestão é minha responsabilidade”, completou.
Contudo, o Verdão vai correr atrás do prejuízo e depois da condenação pela quebra de contrato, vai trabalhar para diminuir o valor do débito, como concluiu a matéria de Danilo Lavieri.
O que disse Leila Pereira?
Vale lembrar, que Leila Pereira chegou a comentar sobre o problema em sua entrevista coletiva de janeiro deste ano, porém, a presidente abordou um débito de R$ 50 milhões, valor inferior do que noticiado nesta sexta-feira.
“A última vez que o Palmeiras rompeu unilateralmente um contrato de patrocínio, e não foi na minha gestão, hoje tenho um processo judicial de mais de R$ 50 milhões. Temos de ser responsáveis, não estou aqui para aparecer com discurso bonito para torcedor e imprensa. Todas as questões de patrocínio são simples. Tenho que cumprir o contrato. Com qualquer patrocinador”, declarou Leila no início do ano.
Contudo, deixando as questões de Justiça de lado, mas mantendo o foco nas finanças Alviverdes, chamou atenção o montante que o Palmeiras demandou para fechar com suas contratações para 2024. Segundo o jornalista Flavio Latif, do UOL Esporte, o Palestra gastou R$ 89,3 milhões em seus cinco reforços.
Mas, assim como se movimenta para reforços, o Palmeiras também é vitrine e também pode receber grandes quantias, como aponta matéria do Bolavip Brasil sobre o interesse do Manchester City em Luis Guilherme, uma das Crias da Academia.