Verdão luta para manter histórico de ser o “time da virada” em finais do Campeonato Paulista
Não é incomum ouvir nas arquibancadas do Allianz Parque a música entoada pela torcida palmeirense na seguinte voz: “O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor”.
Em grande parte dos momentos da história alviverde, o time precisou de momentos de luta e superação para conquistar algumas de suas maiores glórias ao longo dos seus quase 110 anos de história, que serão completados em 26 de agosto deste ano.
Não foi diferente para o time treinado por Abel Ferreira, que se vê mais uma vez em uma situação de desvantagem em uma final, após perder o jogo de ida da final de 2024, por 1 a 0, com gol de Guilherme para dar a vantagem ao Santos de jogar por um empate na volta na capital.
Desde a chegada do português ao comando do clube alviverde, o time já enfrentou o total de três finais do Campeonato Paulista, tendo vencido duas e perdido apenas a decisão de 2021 para o São Paulo. Mas a história palmeirense não foi tão fácil:
Com Abel Ferreira, o Palmeiras é o “time da virada” em decisões do Paulistão
Das três finais em que Abel Ferreira esteve no comando do Palmeiras, ironicamente a única perdida foi quando o Verdão não venceu o duelo de ida, tendo empatado no Allianz Parque por 0 a 0 na ida em 2021, e perdido para o São Paulo na volta no Morumbi por 2 a 0.
O destino daria uma revanche em 2022 ao Verdão, e com estilo e requintes de crueldade ao seu velho rival tricolor, que havia vencido a ida por 3 a 1. Mas ao som das arquibancadas palestrinas que entoavam o grito de “O Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor”, veio um 4 a 0 inesquecível, com gols de Danilo, Zé Rafael e 2 de Raphael Veiga.
O mesmo aconteceu em 2023, quando o surpreendente Água Santa chegou a decisão e venceu a ida em Barueri diante do Palmeiras por 2 a 1. O 4 a 0 foi o mesmo, mas desta vez, a virada contra o time de Diadema veio já no primeiro tempo, com dois de Gabriel Menino, além de Endrick e Flaco López balançarem as redes.
Agora, o Verdão conta com a manutenção de uma escrita para vencer o que seria o seu 26º título paulista, e que viria acompanhando de um tricampeonato estadual que não acontece no clube desde os anos 30, com os títulos de 1932, 1933 e 1934.
História do Palmeiras é de viradas em grandes finais
O Palmeiras irá conseguir a virada diante do Santos?
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O palmeirense pode se orgulhar do fato de que em grandes decisões, as grandes viradas aconteceram a favor do Verdão, que por diversas oportunidades em que perdeu o primeiro jogo, conseguiu conquistar o título, e essa história é comum no Campeonato Paulista.
Ao todo, o Palmeiras venceu 9 das 16 finais que disputou do estadual, contando com as decisões de 1920, 1936 e 1959, vencidas em finais que eram jogos-desempate, sendo a última diante do Santos de Pelé, naquela que foi uma das duas finais de Paulista entre os dois, além da decisão de 2015, vencida pelo Peixe.
A mais apoteótica para os palmeirenses é sem dúvida a decisão de 1993, quando o Verdão saiu atrás do Corinthians no jogo de ida por 1 a 0, e entre os 90 minutos e a prorrogação do jogo de volta, marcou um 4 a 0 inesquecível no rival, com 2 gols de Evair, além de Zinho e Edílson, marcando para encerrar um jejum de 16 anos sem taças.
Mas nem só de viradas no Paulistão viveu o Palmeiras: entre essas, se destacam a final da Libertadores de 1999, diante do Deportivo Cali, a da Copa do Brasil de 1998, diante do Cruzeiro, e uma que entrará na cabeça palmeirense até o jogo de domingo, a da Copa do Brasil de 2015, diante do Santos, com derrota na ida também por 1 a 0 na Vila Belmiro, e um 2 a 1 na volta com vitória nos pênaltis por 4 a 3 para marcar o primeiro título da era Allianz Parque.