Se é possível dizer que o desempenho da seleção brasileira de voleibol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio foi decepcionante, pode-se dizer o contrário da Argentina. Apesar de ter perdido para a França nas semifinais, a equipe conseguiu a medalha de bronze, ao bater o próprio Brasil por 3 a 1, repetindo os resultados obtidos na Olimpíada de Seul, em 1988.
Em entrevista ao blog do jornalista Bruno Voloch, do jornal O Tempo, o técnico Marcelo Méndez disse que gostaria muito de treinar o Brasil: “Claro que dirigir a seleção brasileira, historicamente tão importante para o vôlei mundial, seria uma honra para mim, como é para qualquer técnico de qualquer país”.
Méndez treinou o Sada Cruzeiro por 12 anos, e conquistou, entre outros títulos, três Mundiais de Vôlei. Em determinado momento, a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) sequer cogitou a sua contratação para o time masculino, especialmente depois da saída de Bernardinho, em janeiro de 2017. O argentino fala que não pensou nisso em Tóquio.
“Em nenhum momento na minha profissão busco a vitória como resposta para qualquer pessoa ou instituição, ainda mais para a CBV, onde sempre fui bem recebido e pela qual tenho muito respeito. O pódio é resultado de um trabalho árduo, de muitos aprendizados ao longo da minha carreira, e também de uma equipe preparada para chegar lá”, declarou Méndez.
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Outro ponto destacado na entrevista foi o momento que o voleibol argentino passará a ter a partir de agora: “O vôlei argentino sempre teve grandes jogadores e treinadores, mas com certeza agora o respeito será ainda maior. Nos últimos 15 anos, a base da Argentina conseguiu chegar em vários pódios, mas em competições importantes o time adulto estava devendo isso”.