Problemas nas Olimpíadas
As Olimpíadas de Paris têm gerado preocupações devido à contaminação do Rio Sena, onde estão previstas as provas de natação do triatlo e a maratona aquática. Após as fortes chuvas da última sexta-feira (26) e sábado (27), o nível de poluição do rio aumentou, levando ao cancelamento dos treinos de familiarização do triatlo por dois dias consecutivos.
As disputas masculina e feminina de triatlo, marcadas para as 3h (horário de Brasília) de terça-feira (30) e quarta-feira (31), ainda não têm confirmação. O Comitê Olímpico Internacional (COI) deve tomar uma decisão na manhã de terça-feira, às 4h de Paris (23h de segunda no horário de Brasília).
Sérgio Santos, chefe da delegação brasileira do triatlo nas Olimpíadas 2024, afirmou que, apesar da falta de treino no percurso, as expectativas permanecem altas. “As análises da água estão cada vez melhores. A preparação correu bem, as nossas expectativas são elevadas”, comentou ele em reportagem veiculada pelo GE nesta segunda (29).
“A natação vai ser desafiadora devido à forte correnteza. Estamos prontos para o desafio. O fato de não termos nadado no percurso não nos afetará, pois nenhum triatleta nadou nos últimos dias. Estamos todos em igualdade de circunstâncias”, disse Santos na sequência.
Planos B e C
Os atletas brasileiros, Djenyfer Arnold, Vittoria Lopes, Manoel Messias e Miguel Hidalgo, têm treinado em piscina, enquanto as atividades de reconhecimento dos percursos de ciclismo e corrida ocorreram conforme planejado.
O Comitê Organizador das Olimpíadas de Paris 2024 possui alternativas caso as águas do Sena permaneçam impróprias. O plano B é adiar o triatlo para o dia 2 de agosto. Se ainda não houver avanço na recuperação do rio, a competição poderá ser transformada em um duatlo, substituindo os 1500m de natação por mais 5 km de corrida, também no dia 2 de agosto.
Desde antes do início dos Jogos, um problema ainda persiste e assola os organizadores das provas de natação: a qualidade da água no rio Sena, um dos principais cartões postais da cidade francesa.
As autoridades francesas destinaram 1,4 bilhões de euros (1,5 bilhões de dólares) nos últimos dez anos para despoluir o rio Sena, incluindo a modernização do sistema de esgoto de Paris e a construção de novas instalações de tratamento e armazenamento de água.
Apesar desses esforços, tempestades intensas continuam a sobrecarregar a rede de águas residuais, que em parte data do século XIX, resultando em despejos de esgoto não tratado diretamente no rio.