Após a convocação da delegação do Brasil no atletismo aos Jogos Olímpicos Paris, três atletas saíram da lista oficial dos classificados: Max Batista, dos 20km da marcha atlética, Lívia Avancini, do arremesso de peso, e Hygor Soares, do revezamento 4x100m rasos.
A princípio, o trio aparecia dentro dos critérios exigidos pela World Athletics, entidade que administra o atletismo mundial, após o fechamento do ranking olímpico, na última semana.
Porém, os três acabaram sendo retirados do time olímpico por não atenderem um critério exigido pela World Athletics. Segundo Wlamir Motta Campos, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), a entidade global entendeu que o trio não respeitava uma regra dos testes antidoping.
Motta Campos explicou que Max, Lívia e Hygor não realizaram dois exames antidoping dentro de um período de 21 dias, desde setembro do ano passado até o momento. Ao total, cada atleta precisa fazer três testes antes dos Jogos.
Por conta disso, a World Athletics interpretou que os três não estariam “elegíveis” para se classificarem às Olimpíadas. Sendo assim, a delegação brasileira foi anunciada com 43 nomes, em vez dos 46 esperados.
Recorrer à Corte Arbitral do Esporte
Com a recusa da World Athletics, a CBAt decidiu recorrer da decisão à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para conseguir a liberação dos três em Paris.
De acordo com Motta Campos, Max e Lívia fizeram quatro testes antidoping, embora em dois deles não houveram o intervalo pedido dos 21 dias. Já Hygor fez três exames, destes, dois em competição e apenas um fora dela.
Ainda não há prazo para a decisão da CAS ser divulgada. Faltam 18 dias para o começo dos Jogos de Paris.