Lições

A perda da disputa do bronze na Liga das Nações de vôlei feminino (VNL) trouxe um gosto amargo para a Seleção Brasileira. Mesmo com os 13 jogos de invencibilidade, o Brasil não conseguiu chegar à final da competição, frustrando o sonho da conquista de um título inédito.

José Roberto Guimarães analisou a campanha brasileira na VNL. Foto: FIVB
José Roberto Guimarães analisou a campanha brasileira na VNL. Foto: FIVB

Em entrevista ao GE, o técnico José Roberto Guimarães avalia que derrotas para Japão (na semifinal) e Polônia (na disputa pelo 3º lugar) evidencia que há aspectos a serem melhorados visando os Jogos Olímpicos de Paris.

“[…] Fica a lição. Sabemos o que precisa ser feito para o futuro. Há várias coisas a serem melhoradas. Quando agredimos no saque, tivemos um aproveitamento muito melhor na relação bloqueio-defesa”, disse o técnico.

“Vimos que nosso sistema defensivo funcionou muito bem em determinados momentos, os nossos contra-ataques também”, analisa Zé, que irá para a sua sexta Olímpiada à frente da Seleção.

‘Espelho’ para os Jogos Olímpicos

Coincidentemente, o Brasil voltará a encontrar Japão e Polônia no Grupo B dos Jogos Olímpicos, que também conta com o Quênia. Para Zé, o nível dos adversários está próximo do mostrado pelo time brasileiro, apesar das derrotas, ambas no tie-break.

“A tristeza é grande. Sinto que o time também está sentido. Ao mesmo tempo, a gente sabe que teve experiências muito importantes aqui, que esses dois jogos que perdemos na fase final vão acrescentar muito para a gente entender e levar isso para a nossa preparação, para já entender aquilo que a gente tem que evoluir”, comenta o treinador brasileiro.

“E o quanto é importante, porque lá a gente pode jogar jogos seguidos. Então, essa preparação agora é na parte física. Elas vão com tarefas de casa nesses dias em que vão descansar. Vai ser um descanso ativo. E voltar realmente sabendo que, quando você perde por 3 a 2, a gente sabe que é muito próximo”, opina ele.

“São duas bolas que definem, ou por sorte, ou porque você foi mais competente do que o seu adversário, ou errou menos. Mas, quando é dessa maneira, você sabe que está muito próximo, que a distância é muito pequena. E aí isso motiva muito, dá mais força de saber que, se a gente melhorar em certos quesitos, a gente pode batê-los nos Jogos Olímpicos”, disse Zé, que confirmou alguns dias de folga antes da retomada aos treinos antes da viagem a Paris.