Depois de um 2023 nebuloso, duas das principais estrelas da delegação brasileira aos Jogos Olímpicos de Paris deram uma boa resposta neste fim de semana: Alison dos Santos e Isaquias Queiroz.

Alison dos Santos e Isaquias Queiroz. Fotos: Getty Images
Alison dos Santos e Isaquias Queiroz. Fotos: Getty Images

Coincidentemente, a dupla passou por maus bocados no último ano, o que ligou o alerta do brasileiro sobre as reais condições de Piu e Isaquias nas Olimpíadas.

Os dois medalharam nos Jogos de Tóquio: o corredor conquistou o bronze nos 400m com barreiras, enquanto o canoísta levou ouro no C1-1000m.

Alison ‘sobra’ e faz o 4º melhor tempo da carreira

Em sua primeira prova dos 400m com barreiras na temporada, Alison mostrou o seu cartão de visitas. Ganhou o ouro na etapa de Doha da Diamond League, com o 4º tempo mais rápido da carreira, com 46s86 – quase 2s à frente do 2º colocado.

A marca é a melhor do brasileiro desde 2022, ano que se sagrou campeão mundial e faturou sete das nove etapas da Diamond League.

Em 2023, Piu viveu uma temporada atípica: sofreu uma grave lesão no joelho e não manteve o mesmo desempenho. Ele saiu com o 5º lugar no Mundial de Budapeste 2023 e duas medalhas na Diamond League – prata em Mônaco e bronze em Zurique.

Em Paris, Alison é esperança de medalha na prova individual e está cotado para integrar o time do revezamento 4x400m rasos, que conquistou a vaga no Mundial de Revezamentos, na última semana.

Isaquias leva dois ouros na Copa do Mundo

Isaquias voltou a ocupar posto mais alto do pódio, após “passar em branco” no último ano. O brasileiro ganhou dois ouros na etapa de Szeged da Copa do Mundo de Canoagem, no C1-500 e C1-1000m.

A prova do C1-1000m, na qual Isaquias é o atual campeão olímpico, contou com alguns dos principais rivais do brasileiro. Ele “retorna” aos holofotes e se põe como um dos candidatos a um inédito bi olímpico.

Em 2023, Queiroz passou meses sem treinar e se dedicou à sua família, sobretudo pelo nascimento de segundo filho. No Mundial, ele terminou em 6º no C1-1000m, a primeira vez na carreira que não medalhou em Mundiais.

Tanto que Isaquias carimbou o seu passaporte em Paris de uma maneira inusitada: herdou a vaga do tcheco Martin Fuksa. Além da C1-1000m, ele deve disputar o C2-500m nos Jogos Olímpicos.