SAF no Vasco foi “cortada”:

Depois de muitas polêmicas, o Vasco publicou uma nota oficial na manhã desta quinta-feira (16), analisando alguns pontos sobre a decisão judicial que tirou o controle da SAF, algo que promete ter novos passos nos próximos dias.

Josh Wander já vinha causando problemas no Vasco.
© Thiago Ribeiro/AGIFJosh Wander já vinha causando problemas no Vasco.

Importante destacar que a 777 Partners vai recorrer da sentença nos próximos dias. Essa ‘treta’ entre as partes começou ainda na campanha de Pedrinho à presidência, piorando desde que o ex-jogador assumiu o cargo. 

Clima estava cada vez pior:

Vale lembrar que Edmundo revelou que o atual presidente foi tratado com desdém por Josh Wander durante uma reunião, algo que acabou gerando críticas pesadas e comprovando o clima hostil.

“O Pedrinho me falou, na última reunião que eles tiveram, eles tratam a gente como subsolo, parte baixa da América”, revelou o ex-jogador, que assumiu ter se exaltado em decorrência dessa situação:

“O Pedrinho é um cara calmo. Eu falei: ‘P… que pariu, se eu tivesse lá dava umas porradas nele’. Eu falei pro Pedrinho. O Pedrinho falou que sentou de frente pra ele. Mas ele sentou assim (de lado e com os braços cruzados) para o Pedrinho. Nem olhava, contou.

Veja a nota oficial publicada pelo Vasco:

“O Club de Regatas Vasco da Gama, em respeito aos seus sócios, torcedores e ao mercado do futebol em geral, considerando as matérias recentemente divulgadas e a fim de evitar a disseminação de informações distanciadas da realidade, presta os seguintes esclarecimentos:

O Vasco ajuizou ação cautelar no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, visando, exclusivamente, preservar o patrimônio da Vasco da Gama Sociedade Anônima de Futebol (VascoSAF). A ação foi necessária e motivada por preocupações sobre a capacidade financeira da sócia majoritária, a empresa 777, em cumprir com suas obrigações contratuais.

Essas preocupações foram intensificadas por relatos na mídia internacional, que questionaram a solvência da 777, levantando o risco de penhora ou uso das ações da VascoSAF como garantia em potenciais cenários de falência ou insolvência da 777.

A medida judicial busca, assim, prevenir uma mudança indesejada no controle acionário da VascoSAF, impedindo que entidades externas ao contrato assumam controle. Permanecem, porém, com a 777 os 30% já integralizados pela mesma.

Frise-se que a decisão judicial suspendeu APENAS os efeitos do Contrato de Investimentos e do Acordo de Acionistas relativos à transferência de controle da SAF para a 777.

Essa decisão somente restringiu os direitos societários da 777. NÃO HOUVE qualquer alteração em relação às suas obrigações contratuais. Todas as obrigações da 777 estão mantidas. Apenas se devolveu o controle da empresa ao Vasco, o seu sócio fundador, e afastou os conselheiros nomeados pela 777.

Importante esclarecer, por fim, que a justiça não ordenou o retorno do futebol do clube ao seu modelo associativo anterior. Ao contrário, é mantido o modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF).

O Vasco segue firme no propósito de garantir o funcionamento eficaz da VascoSAF, evitando as incertezas jurídicas causadas pela crise financeira da 777, que ameaça e expõe a grave risco a estabilidade da operação.

Club de Regatas Vasco da Gama”