Vergonha e indignação do presidente do Inter
Na última segunda-feira (25), o Internacional foi eliminado do Campeonato Gaúcho após perder na disputa por pênaltis para o Juventude. Duro golpe no Colorado, que terá que administrar uma crise logo no início da temporada, quando se prepara para três competições de peso no cenário nacional: Copa do Brasil, Brasileirão e Copa Libertadores.
A queda no Estadual teve como protagonista negativo o zagueiro Robert Renan, que aplicou uma ‘cavadinha’ na cobrança de pênalti, sendo facilmente defendido por Gabriel, goleiro do Juventude, que, aliás, revelou que já tinha conhecimento do estilo de Robert.
Entretanto, o clima nos bastidores do Clube do Povo esquentou, com cobranças feitas no vestiário. Maurício e o defensor foram questionados por suas respectivas posturas. Mas, as declarações indignadas também permearam a diretoria e o presidente Alessandro Barcellos se posicionou após a derrota.
Barcellos se disse envergonhado: “Sentimento misto, de indignação e de vergonha. O trabalho que vem sendo feito com o apoio do torcedor ele não justifica estarmos fora das finais do Gauchão. Desta forma, a gente ainda trabalha emocionalmente para levantar uma temporada que temos pela frente com um grupo que acreditamos, necessariamente, que vai nos trazer alegrias. Ao mesmo tempo, entender o que aconteceu e tirar lições desta desclassificação”, iniciou o presidente.
Terceira queda consecutiva e aumento das cobranças
É o terceiro ano consecutivo que o Inter fica de fora das finais do Gauchão e o presidente expôs que cobranças foram feitas, mas que a direção pode aumentar a pressão: “Não vou individualizar, mas já tivemos cobranças. E serão maiores ainda. O Inter não pode perder campeonato no detalhe, por algum ajuste do que não esteja dentro do nosso controle. Esses ajustes precisam ser compreendidos a partir do que aconteceu”.
Na avaliação do mandatário do Campeão de Tudo, é preciso cuidado para preservar o trabalho realizado até o momento. Neste contexto, depositou sua confiança no grupo comandado por Coudet.
“Não podemos fazer terra-arrasada. É doído, é ruim dizer isso, mas continuamos com a convicção que este grupo, com essa comissão, vai nos trazer vitórias. É uma convicção nossa. Para que ninguém crie leitura do que eu disse. Mas que serão cobrados, todos serão. Já foram e continuarão sendo”, ponderou Barcellos.