Apesar do gol de Victor Cuesta no primeiro tempo, o Botafogo ficou apenas no empate com a equipe do Ceará e segue na segunda metade da tabela do Campeonato Brasileiro. A equipe venceu apenas uma partida dos últimos seis jogos e está com 25 pontos na 12ª colocação, oito pontos distante do G-6. No programa “Troca de Passes”, os comentaristas Carlos Eduardo Mansur e Sérgio Xavier Filho avaliaram a situação do Botafogo e citaram o defeito de não conseguir controlar os jogos.
“As boas notícias do Botafogo são Jeffinho – já de algumas rodadas, mas ainda imaturo, faltam algumas coisas-, o Eduardo e o Lucas Fernandes, que deu consistência, chegada e velocidade. O grande problema do Botafogo, vai sofrer até o fim do ano, por isso, é que não consegue controlar o jogo. Sempre está deixando espaços, tem buraco no campo. O técnico até poderia mudar tudo, se fechar, fazer 5-4-1, mas não tem perfil para fazer isso”, disse Sérgio Xavier Filho.
“O Botafogo vinha sendo ao longo do campeonato um time sem pausa, de sucessão de golpes e contragolpes. É curioso que o jogo com o Santos consegue estabelecer mais ritmo, controle, pausa, hoje voltou a ser time que se descontrola, vive em aceleração e precipita decisões. Hoje imaginei um jogo mais de controle, porque o início do trabalho foi de dificuldade para definir o trio de meias. Agora é a linha defensiva. Se Luís Castro tivesse encontrado um time já, seria a grande surpresa, pela quantidade de problemas que teve. Chegou a ir para linha de cinco para conter sangria, para dar estabilidade. O Botafogo era um trabalho dificílimo, uma casa sendo construída com as pessoas morando dentro, com jogadores vindo de origens distintas. Estranho seria se fosse um voo de cruzeiro”, argumentou Mansur.
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Ao todo, a equipe finalizou 11 vezes, sendo quatro delas à meta do Ceará, enquanto o time cearense chutou 16 vezes, sendo cinco delas na direção do gol do Botafogo. Após o gol marcado, o Ceará também teve mais posse de bola e tentou furar o bloqueio da defesa, até que conseguiu no início do segundo tempo com o gol de Mendoza, após cruzamento de Vina.
“O jogo no início parecia que ia ser muito aberto, como acabou sendo o final. Com o meio despovoado. O gol de Cuesta no início condicionou o jogo, o Ceará tentou valorizar mais a bola, se instalar, com o Botafogo se defendendo e apostando em transição, mas não conseguiu. O Ceará era melhor e conseguiu o empate em um escanteio. A partir daí veio um jogo de trocação franca. No balanço, as melhores chances foram do Ceará. Luís Castro tenta Vinícius Lopes e Matheus Nascimento, que entra ansioso, instável, sob pressão, o time se desordenou mais do que se organizou para buscar a vitória. O Ceará foi encontrando espaços, teve as melhores chances, mas o 1 a 1 não chega a ser um absurdo”, completou o comentarista.