O torcedor brasileiro precisou lidar mais uma vez com uma frustrante eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo, após a dramática derrota para a Croácia nos pênaltis. E uma das grandes críticas direcionadas a Seleção após a partida decisiva foi o fato de Neymar não ter sido o escolhido para bater o primeiro pênalti.
Mas a crítica não foi apenas do torcedor brasileiro, o alemão Jurgen Klinsmann, chefe do grupo de estudos técnicos da Fifa nesta Copa também apontou que foi um erro de Tite não ter sido escolhido primeiro o seu melhor batedor nas penalidades máximas.
Sem citar Neymar, o ex-jogador que conquistou a Copa de 1990 com a Alemanha, se mostrou surpreso com a decisão de Tite. “O Brasil deveria ter colocado seu melhor batedor primeiro. Porque isso é o que abre caminho. É algo que todo mundo faz nos últimos 10 ou 15 anos”, disse durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (12).
Quem primeiro bateu foi Rodrygo, o jovem talento do Real Madrid, de apenas 21 anos, que disputava o seu primeiro Mundial com a Seleção Brasileira. O atleta acabou deixando de converter, após o frio goleiro croata defender o penal. Na coletiva Tite justificou que Neymar bateria o quinto e decisivo pênalti, ficando assim com a maior pressão, porém o camisa 10 nem chegou a cobrar já que além de Rodrygo, Marquinhos também acabou falhando.
Klinsmann também ressaltou que o Brasil chegouemocionalmente abalado para as cobranças de pênalti, já que levou o empate no fim do segundo tempo da prorrogação, o que deu um ânimo a mais para a Croácia.
“Nós discutimos aqui internamente a diferença de drama entre os jogos Brasil x Croácia e Argentina x Holanda. O Brasil não teve tempo para reagir, ficou com aquela sensação de decepção e não conseguiu se recuperar antes dos pênaltis. Não teve tempo para respirar, colocar as ideias de volta no lugar. A Argentina teve toda a prorrogação para isso, acertou a trave da Holanda na prorrogação e chegou mais confiante aos penais”, falou.