O treinador Ricardo Sá Pinto teve uma passagem repleta de turbulência no Vasco. Seu desempenho no comando do Gigante da Colina também desapontou a muitos que tinham no treinador português, a esperança de ideias de jogo inovadoras e vitoriosas em São Januário. No Brasileirão 2020, conseguiu três vitórias e 15 pontos conquistados em 45 possíveis.

Nesta terça-feira (22), após cerca de seis meses de sua saída do Vasco, Sá Pinto quebrou o silêncio e concedeu a primeira entrevista para um veículo brasileiro sobre sua jornada no país. Ele participou do programa “GE Divide Tela”, do Globoesporte.com e abriu o jogo sobre sua decepção com o capitão Leandro Castán.
“A grande decepção para mim foi o nosso capitão (Castán). Recentemente, ele deu algumas declarações. Eu mesmo liguei e disse a ele que não tinha entendido o que ele queria dizer com a entrevista”, declarou o português para na sequência detalhar o motivo da mágoa.
Nos último tempos, jogadores que fizeram parte da campanha que acabou na queda do Vasco para a segunda divisão, deram entrevistas afirmando que o esquema com três zagueiros adotado por Sá Pinto jamais foi compreendido pelo grupo. Castán chegou a dizer que o treinador tinha desconhecimento sobre o grupo.
O técnico detalhou o como a atitude de zagueiro o magoou: “Quando o Castán diz que eu não conhecia os jogadores, eu não tenho vontade de rir. É de chorar. É uma tristeza. Quando eu saí, a primeira mensagem que eu recebi foi do Castán. Ele disse que era uma pena, que era injusto e pediu desculpas por não estar no melhor nível. Ainda tenho a mensagem guardada, portanto, fiquei surpreso com essas declarações”.
Sá Pinto pontuou o que esperava do capitão Castán e estendeu suas explicações: “Não foi só isso. Fiquei triste com outra coisa. Um capitão tem de ser a extensão do treinador no vestiário e no campo. Na tristeza, na alegria, no trabalho, na cobrança, na vitória. Eu sempre disse isso, até porque tínhamos um elenco desequilibrado, muito jovem. Tinham grupinhos dos mais jovens, dos mais velhos, dos estrangeiros. Havia uma diferença. Era muito importante que ele ajudasse a liderar isso. Eu alertei a ele de vários casos, tive 50 mil conversas com ele”.