Paralisação do futebol por causa da Covid-19 coloca em xeque repasses aos clubes; CBF e Conmebol buscam soluções

A pandemia do Coronavírus voltou a assustar o futebol brasileiro. No entanto, em 2021 a situação pode ficar ainda pior: no início da última semana, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), atendeu o pedido do Ministério Público de São Paulo e suspendeu o Campeonato Paulista, a princípio, até o dia 30 de março, devido ao agravamento da doença em todo estado. Dias mais tarde, foi a vez dos governadores de Goiás e do Espírito Santo impedirem que a bola role; Minas Gerais também deve proibir o esporte em breve.

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Com isso, há um novo temor que os clubes não tenham condições de pagar seus jogadores e, principalmente, seus funcionários. Para piorar, dessa vez, há um acordo em vigência que para 2021, os direitos de transmissão assinados para os Estaduais por emissoras e empresas de streaming contem com a “cláusula covid”, batizada assim porque coloca no papel que, em caso de paralisação por causa da pandemia, o repasse será interrompido ou diminuído. A informação é da equipe de reportagem do Uolesporte.

Até por esse receio, as equipes que disputam as Séries A, B, C e D do Brasileirão pressionam a CBF para que a instituição lute até onde for possível para que não haja outra interrupção no futebol. Na última reunião realizada via vídeoconferência, a grande maioria das instituições afirmou que um novo congelamento de receitas acarretará em uma “quebradeira geral” nos clubes, para tristeza de milhares de torcedores.

Segundo a reportagem, há uma grande preocupação em duas frentes: as parcelas de direito de transmissão dos Estaduais, torneio disputado neste momento, e nas cotas de participação em competições como Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana, que geram depósitos pontuais a cada avanço de fase, e que no ano passado, tiveram valores adiantados pelas entidades, mas este ano, se parar, não terá.

Por todos esses motivos, todos os clubes do Brasil se reuniram e fizeram um pacto para parar o futebol se os governos mandassem ou então se não houvesse mais nenhuma solução. A Conmebol por exemplo, já ofereceu aos times que estão em situação delicada em seu estado, jogar em outro país por exemplo.
A CBF tenta deslocar os jogos da Copa do Brasil para outros estádios, tudo para ajudar as equipes. Até quando? Ninguém sabe.