A paz entre a torcida do Vasco e o treinador Ricardo Sá Pinto acabou. O evidente declínio do time provocou críticas referentes às suas intervenções no time, bem como, o baixo aproveitamento da equipe, que tem apenas 11 pontos conquistados em 33 jogados. A pressão estourou na Colina, dentro e fora do clube.
O bombardeio nas redes sociais, contaminou as correntes políticas do clube, que já vociferam pela queda do técnico português. Mas ele ganhou uma blindagem oficial. Garantia do presidente do Vasco, Alexandre Campello. A informação é da entrevista concedida pelo dirigente máximo vascaíno ao Globoesporte.com.
Na última quarta-feira(2), Campello revelou que foi enfático nas cobranças ao plantel e à comissão técnica, quando na segunda-feira(30), o Gigante da Colina foi goleado pelo Ceará. O presidente, garantiu que Sá Pinto não cairá antes do jogo contra o Grêmio, domingo(6), em Porto Alegre.
“Nenhuma possibilidade (de ser demitido). O Sá Pinto está mantido (para domingo). Não se pensou em nada disso, a gente entende que mudança de treinador não vai mudar esse cenário, a responsabilidade é de todos – disse Campello na entrevista.
Ricardo Sá Pinto deve ser demitido do Vasco da Gama?
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Campello tem a ciência exata de que grupos políticos querem a saída do treinador. O presidente afirmou que não será influenciado pelos rumores dos corredores de São Januário. “Pressão não houve, sabemos que alguns acham que deveria ser feito (a demissão). A gente tem que sair dessa situação juntos, e eu não cedo a pressões”.
A argumentação de Campello para demitir Ramon Menezes em outubro, e bancar a vinda de Sá Pinto, era o baixo aproveitamento nos 10 jogos realizados, quando o Vasco conquistou nove pontos dos 30 jogados. Na época, o presidente afirmou: “Qual seria o momento? Quando estivesse na zona de rebaixamento?”.
O ambiente vivenciado era diferente. Campello disputava a reeleição, e o dirigente confia no trabalho do português e encara como um início de caminhada. Por isso, apesar dos cenários parecidos, principalmente em relação à tabela, a convicção do dirigente é de manter o português.