É inegável que Jorge Jesus não só mudou a cara do Flamengo, como também a forma de muitos times verem o futebol como todo. Se em um passado recente, os treinadores de diversas equipes tinham um jeito de jogar mais defensivo, esperando o adversário atacar para poder sair no contra-ataque, hoje os clubes vão atrás de treinadores que joguem um estilo ofensivo, que procure o ataque o tempo inteiro. Com um futebol envolvente e agressivo, a chance de conquistar títulos e agradar a torcida são enormes.
Foi isso que o técnico português fez no Flamengo. Depois de bater na trave no Campeonato Brasileiro duas vezes nos últimos três anos, o Mengão finalmente voltou a vencer a competição nacional. Porém, isso só começou a se tornar realidade no Mais Querido quando Jorge Jesus chegou ao clube carioca em junho do ano passado. O treinador mudou da água pro vinho o estilo da equipe jogar, exigiu reforços de qualidade para arrumar os setores mais carentes de sua equipe e, com o jeito ofensivo de jogar com direito a marcação forte na área adversário, acabou não só conquistando o sexto título Brasileiro, como também o tão sonhado troféu da Copa Libertadores da América em 2019. Em 2020, o Fla também já venceu a Super Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana e a Taça Guanabara.
Os títulos conquistados por Jorge Jesus no Flamengo fizeram com que alguns clubes da Europa monitorassem a situação do treinador nas últimas semanas. Clubes como Benfica, de Portugal e Newcastle, da Inglaterra, podem fazer contato com o português em breve caso o clube carioca não se acerte com o técnico antes do final de seu contrato. As conversas entre os representantes comandante e a diretoria rubro-negra estão emperradas no momento devido à pandemia do Coronavírus. As conversas podem ser retomadas nas próximas semana caso a reapresentação e o reinicio das atividades nos clubes brasileiros sejam autorizadas pelo Ministério da Saúde.
Mesmo com todas essas dificuldades, o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello acredita que o Flamengo possa ficar com o treinador mesmo com a concorrência dos times europeus. O convidado do programa “Bate Bola”, dos canais ESPN, desta terça-feira (28), afirmou que o português está motivado para levantar ainda mais taças pelo Mengão e que por mais que o real esteja desvalorizado no momento e a crise econômica afete, o Mais Querido brigará de igual para igual com qualquer clube para manter o comandante em seu plantel. “O Jorge Jesus deve estar extremamente feliz com os resultados que conseguiu com o Flamengo. Acho que ele deve estar motivado para conseguir mais ainda, quem sabe esse ano, se houve o Mundial de Clubes, ele conseguir essa segunda estrela para nós. Acho que isso já é uma grande motivação. O Flamengo é um clube que tem condições de disputar o Jesus com grandes clubes europeus”, declarou o ex-mandatário.
Por outro lado, o comentarista da emissora, Mauro Cezar Pereira, vai na contramão do ex-presidente flamenguista e também revelou nesta terça-feira (28), durante o podcast Posse de Bola, que se Jorge Jesus quiser continuar sendo o chefe do comando técnico do Flamengo, o treinador terá ceder uma boa parte do acordo para poder permanecer. “A questão do Jesus agora é o euro. O euro disparou mais ainda, mas isso já se falava antes. O que eles queriam acertar com o Jesus antes mesmo dessa confusão toda é um limite para o euro. Por exemplo, euro a R$ 4,40, que lá atrás era isso, entre R$ 4,00 e R$ 4,40. Se o euro despencar, você não vai ganhar menos do que R$ 4,00 como indexador, mas se disparar, não pode passar de R$ 4,40. É só um exemplo”, comentou Mauro Cezar, que continuou pontuando os motivos pelos quais o português terá que rever bem sua carreira para decidir se fica ou não no Rio de Janeiro.
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“Só que agora está em R$ 6 e lá vai fumaça. Então, não tem como. Mas o Jesus vai ter que, evidentemente, para ficar no Flamengo, ceder. O clube não vai ter condição de oferecer para ele aquilo que ele pedia lá atras, ainda mais tendo o euro para medir aí o quanto ele vai ganhar. É impossível. Se ele insistir nisso, ele não vai poder ficar. Não tem condição”, completou.