O Athletico-PR é uma das grandes decepções do futebol brasileiro nesta temporada. O time, que foi campeão da Copa do Brasil em 2019, teve jogadores importantes vendidos e não conseguiu mais render dentro de campo. A torcida critica bastante a diretoria e coloca a culpa no planejamento ruim na alta cúpula atleticana, que não conseguiu substituir os destaques da equipe à altura.
Dorival Júnior, contratado após saída de Tiago Nunes, não foi bem no Furacão e acabou sendo demitido. Por outro lado, o treinador se defende por entender que precisava de tempo após mudanças no elenco e não seria de uma hora para outra a volta do sucesso dentro das quatro linhas. Em entrevista ao UOL Esporte, o técnico falou sobre o trabalho interrompido no CAP.
“A demissão foi inesperada para mim, mas nada mais me surpreende no futebol brasileiro. (…) Você trabalha e, já na semana seguinte, tem que gerar resultados. Ninguém consegue. É uma impaciência muito grande, busca-se resultado pelo resultado, não se pensa em trabalho, em desenvolvimento; não se pensa no que o cara está fazendo dentro do clube”, disse.
Dorival fez um bom trabalho no CAP?
Dorival fez um bom trabalho no CAP?
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Dorival também comentou que não questionou a saída do clube paranaense e contou bastidores de como aconteceu sua demissão. Segundo a sua versão, ele foi chamado internamente e, assim, comunicado que não estava mais nos planos.
“Me chamaram na sala e disseram: ‘Dorival, o presidente pediu para comunicá-lo’ [ele não estava presente por ser do grupo de risco]. Ok, tá bom. Eu não sou de ficar pedindo ‘Olha, por quê? O que aconteceu?’. Acho que as pessoas estão vendo nosso trabalho. O time foi mudando, os principais jogadores da equipe foram vendidos. Nós estávamos trazendo uma garotada que ainda não tinha nem cinco jogos com a camisa da equipe principal. Tínhamos de ter consciência que o trabalho seria moroso, um trabalho de mudança completa e eu imaginava que nós teríamos esse tempo”, explicou.
