O São Paulo divulgou na noite da última segunda-feira (22), os resultados de exames para Covid-19 em seu elenco. Ao todo, seis pessoas contrariam vírus, sendo dois funcionários e quatro jogadores; destes, um funcionário e três atletas estão 100% recuperados, enquanto os outros dois, assintomáticos, estão afastados até que se recuperem. Os nomes não foram revelados pelo clube até o momento. Esse processo foi o primeiro passo para o retorno aos treinos. As atividades estão previstas para serem retomadas no dia 1º de julho, na Barra Funda.
Quem está ansioso para reencontrar um de seus pupilos nos treinamentos é Fernando Diniz. Em entrevista ao comentarista Caio Ribeiro, no Caioba Game Show, do site da Globo, o comandante voltou a elogiar o camisa 10 do Tricolor Paulista. Para o treinador, o medalhão foi o melhor atleta com quem ele trabalhou até aqui e disse que sua entrega e sua liderança dentro de campo cativam a todos.
“O jogador mais diferente com quem eu já trabalhei foi o Daniel Alves. As pessoas o conhecem pouco. Além de ser um grande jogador, ele tem uma grandeza como pessoa que ele gosta de compartilhar com os outros. Ele faz o ambiente seguir o ritmo que ele gosta de impor. A gente tem uma química relacional muito interessante. Ele é muito diferente jogando e convivendo. Enxerga a parte técnica, tem liderança e experiência. Tem sido uma honra trabalhar com ele”.
Mesmo que esteja contando os dias para retornar aos treinos e às competições que foram suspensas desde março, Fernando Diniz pede para que as autoridades tenham mais voz e sejam ouvidas. Também afirmou que assim que as atividades forem retomadas, será preciso pelo menos 30 dias antes de a bola voltar a rolar para que possa dar condicionamento físico e preservar a saúde dos atletas.
“Acredito que a gente tem que respeitar as autoridades, mesmo que os governos estejam agindo de maneiras diferentes. É um momento de preservação da vida. A gente não tem que colocar o futebol acima da vida de ninguém. O futebol está bem abaixo disso”.
“O que a gente tem que exigir a partir do dia 1º de julho é pelo menos um mês de treino. Os jogadores estão há 100 dias sem treinar. Não dá para marcar jogo com 15 dias de treino. A gente vai voltar com alguns protocolos. Se na Alemanha e na Inglaterra eles prepararam os jogadores por tanto tempo e a gente tem visto tantas lesões, imagina se fizermos isso com pressa. Temos que cobrar isso como comunidade do futebol”, completou.