O Atlético Mineiro é o primeiro brasileiro classificado para as quartas de final da Copa Libertadores da América. Em uma partida dramática, o Galo só foi conseguir a classificação diante do Boca Juniors nos pênaltis, após empatar com os argentinos em 0 a 0 no tempo normal em pleno Mineirão. Se engana quem pensa que durante os quase 100 minutos de jogo não teve emoção. No final da segunda etapa, os Xeneizes abriram o placar após uma falha terrível de Everson e o arremate de Weigandt. Porém, para a sorte de Cuca e companhia, o VAR entrou em ação e invalidou o gol.
E se Everson tinha tudo para ser o vilão da partida, o arqueiro acabou a noite como o herói do Alvinegro ao defender dois pênaltis. Em entrevista coletiva após a classificação do time mineiro, o arqueiro se emocionou, contou um pouco de sua trajetória até chegar ao Atlético e terminou o bate-papo com os jornalistas falando que essa noite será especial e que será muito difícil dormir nessa madrugada.
“Passei por sofrimento, joguei em todas as divisões do Brasileiro, hoje jogo em uma grande equipe. Fica passando filme na cabeça. Poderia sair como vilão, saí como herói. Anulação do gol foi certa, atacante deles atrapalhou minha ação.Hoje vai ser difícil conseguir dormir. O gol não entra na estatística, mas é o mais especial, o mais decisivo, momento de tensão, a quinta batida. Eu não esperava a responsabilidade, treinei, e não fugi da minha responsabilidade”, ressaltou Everson.
Mas não foi só a noite épica do goleiro que agitou o Mineirão nesta terça-feira (20). Logo depois da partida, os jogadores do Boca Juniors, revoltados com a derrota para o Atlético Mineiro,tentaram invadir o vestiário do Atlético. E quem encarou os argentinos de peito aberto foi o presidente do Galo, Sérgio Coelho.
Enquanto os jogadores estavam dentro do vestiário, evitando a confusão, Sergio Coelho se juntou aos seguranças e não deixou que os jogadores da equipe argentina entrassem no vestiário. Não houve nenhuma participação de jogadores do Atlético no tumulto. Apenas os jogadores do Boca Juniors partiram para cima, primeiro do árbitro, e depois tentaram invadir o vestiário do Galo. Os jogadores do Boca chegaram a quebrar bebedouros e pegaram cavaletes como armas. Eles, no entanto, foram contidos pela Polícia Militar de Minas Gerais. A informação é do jornal O Tempo. Mais tarde, o mandatário atleticano explicou após a confusão que conversando com o segurança do Boca, o alvo dos argentinos eram os árbitros da partida e não os atletas da equipe mineira.