Vendido ao Tokushima Vortis, do Japão, por cerca de R$ 10 milhões, o zagueiro Cacá, embora ainda não tenha feito sua estreia no time japonês, já está sentindo saudades do Cruzeiro. Essa será a primeira experiência do jogador fora da Toca da Raposa, onde ficou por pelo menos 7 temporadas. O zagueiro, que era visto como “sensação” dentro do Maior de Minas, contou em uma entrevista exclusiva ao Globoesporte.com que, durante o período em que atuou no time principal, acabou vivenciando uma roda gigante: iniciou sendo campeão da Copa do Brasil em 2018, acabou sendo rebaixado para Série B do Brasileirão em 2019 e, no ano seguinte, não conseguiu o tão sonhado acesso para a elite do futebol brasileiro.

Foto: Gustavo Aleixó/Cruzeiro
Foto: Gustavo Aleixó/Cruzeiro

Mesmo assim, o profissional revelou que leva o clube no coração e espera um dia voltar para terminar a sua história no time Celeste, embora acredite que fez um bom papel durante todo tempo em que defendeu a Raposa.“Querendo ou não, deixei uma mensagem diferente de muitos outros jogadores. Sou um menino novo, com caráter, personalidade. Fiz tudo pela camisa. Hoje, da forma que eu saio pela porta da frente, não tem preço”, afirmou o zagueiro, que ainda sonha em conquistar coisas grandes pela Raposa.

“É meu sonho voltar a jogar no Cruzeiro. E voltar num melhor momento. Quero conquistar os meus títulos. O que eu ganhei, para mim, não está bom. Foi difícil para mim, sair. É um momento que o clube está vivendo, passageiro, financeiramente também. E eu sempre falo: quero um dia voltar para jogar, conquistar a minha marquinha na camisa do Cruzeiro. Sempre quando alguém falar da história do Cruzeiro, eu quero ser lembrado. Ser lembrado pelo time que amo, por todos os torcedores. Elevar meu nome“, declarou o ex-camisa 14 da Raposa.

Cacá explicou a polêmica que teve com Felipão. Foto: Bruno Haddad/ Cruzeiro

Por fim, o zagueiro comentou sobre a desavença que teve com o ex-técnico Luiz Felipe Scolari nos tempos de Cruzeiro. Cacá explicou que antes da partida contra a Chapecoense, pediu a liberação do jogo para ver o nascimento do seu filho e o último comandante campeão mundial com a seleção brasileira não quis liberá-lo, o que gerou um grande incômodo em ambas as partes.

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“Fiquei um pouco sentido, sim. Não sei o que ele estava pensando na hora. Ele queria que eu jogasse, queria que eu ficasse para jogar. Mas a minha cabeça estava em outro lugar. Já estava pensando em ver o menino nascer, era um sonho que estava esperando há nove meses. Então, não sei, num momento de cabeça quente, não sei o que ele pensou… só falei que não vai dar para jogar, quero ver meu filho nascer, momento único. Momento que, se eu perder, não vou me sentir muito bem. Era uma coisa que estava esperando. Não tinha como ficar lá. Às vezes, iria surtar lá e ir embora. Queria muito vê-lo. Felipão sabe que não levei para o coração, continuei treinando focado. Ele sabe que, quando precisou, entrei, fiz minha parte, joguei, me dediquei. Não levo isso para o meu coração. Se ele me levou, que ele tire essa maldade do coração”, revelou o defensor.