O futebol feminino ganhou novos contornos globais após decisão do Conselho da Fifa, reunido em Doha, no Catar, às vésperas da final da Copa Intercontinental. A entidade aprovou um pacote de medidas que envolve investimentos, ajustes em competições e ações voltadas ao desenvolvimento de base. As decisões reforçam a estratégia de crescimento sustentável da modalidade. O anúncio consolida avanços institucionais importantes no cenário internacional. As mudanças passam a valer nos próximos ciclos esportivos.

A principal novidade é o aumento de 12 para 16 seleções femininas nos Jogos Olímpicos, mudança confirmada em conjunto com o Comitê Olímpico Internacional. A ampliação passa a valer a partir da Olimpíada de Los Angeles, em 2028. Para a Fifa, a medida fortalece a competitividade e amplia a representatividade global. A decisão atende a uma demanda antiga do futebol feminino. O torneio se aproxima do modelo já adotado no masculino.
Com a ampliação, a Fifa detalhou a nova divisão de vagas para a Olimpíada feminina. A Europa terá quatro seleções classificadas, enquanto a Concacaf contará com três vagas, além dos Estados Unidos como país-sede. África, América do Sul e Ásia também ampliam participação, com duas vagas diretas cada, além de repescagens. A Oceania completa o quadro com uma vaga. O formato busca equilíbrio técnico entre as confederações.
Mundial de Clubes Feminino tem data confirmada
Outro anúncio relevante envolve a criação da Copa do Mundo de Clubes Feminina, com primeira edição marcada entre 5 e 30 de janeiro de 2028. O torneio reunirá 16 clubes campeões continentais, divididos em quatro grupos de quatro equipes. Os dois melhores avançam ao mata-mata, com quartas, semifinais e final. A competição promete elevar o patamar do futebol feminino de clubes. A divisão de vagas contempla todas as confederações.
A Uefa lidera a distribuição com cinco vagas, seguida por Conmebol, CAF, AFC e Concacaf, com duas cada. Outras três vagas serão definidas por meio de repescagem internacional. A Fifa entende que o formato garante equilíbrio esportivo e visibilidade global. A criação do Mundial de Clubes é vista como passo histórico. A expectativa é de impacto direto no mercado e no calendário das equipes.
Além das competições principais, a Fifa confirmou avanços nas categorias de base com a criação de festivais Sub-15. As competições serão abertas às 211 associações-membro e contarão com edições específicas para o futebol feminino. A estreia está prevista para 2027, ampliando o acesso ao cenário internacional. A iniciativa busca reduzir desigualdades estruturais. O foco está na formação desde as primeiras etapas.
Desenvolvimento e acesso como prioridades globais
Os torneios de base terão formato adaptado, com jogos mais curtos, campos reduzidos e equipes de sete a nove jogadoras. A proposta prioriza o desenvolvimento técnico e físico das atletas em formação. A Fifa reforça que o objetivo é ampliar oportunidades e criar uma base mais sólida globalmente. As mudanças refletem um olhar estratégico de longo prazo. O futebol feminino entra em nova fase de consolidação mundial.