Corinthians reorganiza diretrizes internas
O Corinthians estabeleceu uma mudança estrutural na forma de gerir o futebol feminino, revisando práticas que privilegiavam vínculos curtos e renovações anuais. A diretoria passou a adotar uma estratégia de médio e longo prazo, buscando proteger ativos e criar espaço para negociações futuras. Segundo apuração do Lance!, a ideia é fortalecer a base do projeto e reduzir riscos de perder talentos sem retorno financeiro. A reformulação é vista como um passo importante para profissionalizar ainda mais o departamento feminino.

Dentro dessa nova lógica, atletas com potencial técnico e valorização crescente passaram a receber propostas de contratos mais longos, com duração até 2027 ou 2028. A política abrange tanto jogadoras já consolidadas quanto jovens promissoras que despontam como patrimônio do clube. Apesar disso, o departamento mantém margem para acordos mais curtos, baseados em projeção de carreira e desempenho imediato. A meta é equilibrar segurança contratual com flexibilidade esportiva e financeira.
Saídas iminentes, como a transferência da zagueira Mariza para o futebol mexicano, contribuíram para ampliar a visão do Corinthians sobre o mercado internacional. O clube percebeu a necessidade de se adaptar a um cenário em que o futebol feminino cresce em competitividade e investimento. Ainda que a estratégia não elimine vínculos de menor duração, ela reforça o compromisso em proteger jogadoras com potencial de valorização significativa. O movimento é considerado interno e externamente como um ajuste necessário.
Contratos mais longos
Entre as atletas que já se beneficiaram dessa política estão Gi Fernandes e Nicole, ambas com vínculo até 2028. Duda Sampaio, destaque do meio-campo, também tem contrato até 2028, sendo vista como peça valiosa pelo clube, sobretudo com a proximidade da Copa do Mundo de 2027. Esses acordos sinalizam uma aposta em jovens com alto teto de evolução, refletindo confiança na capacidade de crescimento técnico e comercial. A proteção contratual se torna, assim, parte da estratégia competitiva do Corinthians.
Um dos nomes de maior destaque nesse processo é Jhonson, tratada internamente como atleta de enorme potencial de retorno financeiro. O contrato válido até 2028 já é alvo de discussões internas, com possibilidade de revisão para alinhamento estratégico. A diretoria vê a jogadora como um ativo diferenciado, capaz de atrair mercados externos no futuro. Essa projeção reforça a importância de mantê-la protegida de investidas imediatas.
A mudança no perfil contratual demonstra que o Corinthians entende o momento de evolução do futebol feminino no país. A consolidação de talentos passa a ser acompanhada por um olhar mais empresarial, garantindo retorno esportivo e econômico. Jogadoras jovens, antes vistas apenas como promessas, agora passam a ser tratadas como investimentos de longo prazo. Essa postura evidencia maturidade na gestão e alinhamento com cenários internacionais.
Futuro do projeto feminino no Corinthians
Com contratos mais robustos e atletas valorizadas, o Corinthians busca fortalecer sua competitividade nas próximas temporadas. A expectativa é que a estratégia reduza perdas inesperadas, aumente o potencial de negociações e solidifique o time como referência no futebol feminino brasileiro. A nova estrutura também visa preparar o elenco para torneios de grande visibilidade, como a Copa do Mundo de 2027. A diretoria acredita que a abordagem trará resultados tanto dentro quanto fora de campo.