Novo ciclo e fortalecimento da modalidade
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um novo ciclo de desenvolvimento para o futebol feminino, válido entre 2026 e 2029, com investimento total de R$ 685 milhões. A medida representa um marco importante para a modalidade, que tem registrado crescimento histórico nas competições nacionais. Segundo a entidade, o foco é ampliar a estrutura competitiva e elevar o nível técnico das disputas, promovendo mais equilíbrio e visibilidade. Com isso, a expectativa é de uma evolução contínua em todas as categorias.

No anúncio, a CBF confirmou aumentos significativos nas cotas e premiações já a partir de 2026. Em 2025, tanto o Brasileirão Feminino quanto a Copa do Brasil registraram seus maiores valores da história, tendência que será ampliada no próximo ano. Para o presidente da entidade, Samir Xaud, esse é um passo essencial para consolidar o futebol feminino como ativo estratégico. “As mudanças apresentadas vão muito além do calendário, estamos aumentando as cotas e as premiações dos clubes de todas as competições”, afirmou.
Outro ponto considerado decisivo pela CBF é a garantia de transmissão de 100% dos jogos. A medida, segundo Samir Xaud, amplia o alcance da modalidade, fortalece o vínculo com torcedores e aumenta o potencial comercial das competições. “Queremos dar mais visibilidade às mulheres, por isso vamos garantir transmissão de 100% das partidas”, destacou. Essa ação acompanha a crescente demanda do público por eventos de futebol feminino, além de gerar novas oportunidades de receita para clubes e atletas.
Supercopa, A1 e A2 recebem reajustes expressivos
Entre as competições beneficiadas, a Supercopa Feminina terá aumento de premiação, passando de R$ 700 mil para R$ 1 milhão para o clube campeão, enquanto o vice receberá R$ 600 mil. O Brasileirão A1 também terá salto importante: a cota da primeira fase passará de R$ 360 mil para R$ 720 mil. No título, o campeão receberá R$ 2 milhões e o vice R$ 1 milhão. A Série A2 será outro destaque, com premiação subindo de R$ 150 mil para R$ 360 mil, ampliando o incentivo para clubes estruturarem suas equipes.
A crescente valorização também contemplará o Brasileirão A3, cuja premiação aumentará de R$ 36 mil para R$ 120 mil. Além disso, cada jogo de primeira escolha com transmissão adicionará R$ 20 mil aos clubes, totalizando 27 partidas com esse bônus. As categorias de base também receberão atenção especial: as cotas do Sub-20 e Sub-17 terão acréscimo de 10%, reforçando a importância da formação de jovens talentos para o futuro da modalidade.
A Copa do Brasil Feminina, que teve em 2025 sua maior premiação, também receberá reajustes consistentes em 2026. A primeira fase seguirá com valor de R$ 20 mil, enquanto as oitavas de final dobrarão a premiação, passando de R$ 100 mil para R$ 200 mil. O prêmio para a equipe campeã será de R$ 1 milhão, e o vice-campeão receberá R$ 500 mil. Esses números representam um fortalecimento da competição e incentivam mais clubes a investirem em elencos competitivos.
Rumo a um cenário mais profissional e sustentável
Com os anúncios, a CBF busca transformar o cenário do futebol feminino em um ambiente mais profissional e sustentável a médio e longo prazo. O investimento de R$ 685 milhões, somado ao aumento das transmissões e à valorização das premiações, cria um ecossistema mais atrativo para atletas, clubes e patrocinadores. As mudanças no calendário, somadas aos incentivos financeiros, consolidam um movimento de expansão e reafirmam o compromisso da CBF com o crescimento contínuo da modalidade.