Fernando Benvindo analisa trajetória e evolução das goleiras
O Fluminense vive um momento de reconhecimento nacional ao ver suas duas goleiras convocadas para defender o Brasil na última Data Fifa de 2025. Cláudia, chamada para a Seleção Principal, e Jany, convocada para a Sub-20, representam o clube após uma temporada de forte evolução na posição. A presença dupla reforça o impacto do projeto tricolor, que desde 2021 trabalha com foco em desenvolvimento técnico e continuidade. Para o preparador de goleiras Fernando Benvindo, o feito simboliza o amadurecimento do trabalho iniciado há quatro anos, marcado por planejamento e acompanhamento individual.

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Em entrevista, Fernando destacou que Cláudia já vinha sendo monitorada pela Seleção e que sua convocação reflete consistência e maturidade. A goleira, de apenas 22 anos, estreou na equipe nacional em 2024, quando ainda defendia o Juventude, e evoluiu rapidamente após chegar ao Fluminense. “A Cláudia é um atleta que eu costumo falar com ela, que vai ter um futuro maravilhoso”, declarou o preparador. Ele ressaltou que, apesar da pouca idade, a goleira já viveu acessos sucessivos e desafios de alto nível, construindo a “casca” necessária para se firmar entre as melhores do país.
Fernando avalia que Cláudia reúne todas as características exigidas no cenário internacional. Ele relembra que, no primeiro ano de A1 pelo Fluminense, a goleira enfrentou competições simultâneas, como Copa do Brasil e amistosos da Seleção, gerando um processo acelerado de amadurecimento. “É só ela criar bagagem, criar essa casca, e cada vez mais vai amadurecendo. A Cláudia tem tudo pra ser uma das melhores do mundo”, projetou. Sua ascensão, segundo o clube, contribui para consolidar o Fluminense como referência no desenvolvimento de goleiras no futebol feminino brasileiro.

Fernando Benvindo, preparador de goleiras do Fluminense. Foto: Marina Garcia/Fluminense
Histórico tricolor fortalece confiança no processo
A convocação de Jany, goleira da Seleção Sub-20, também foi celebrada por Fernando, que acompanhou de perto sua transição da base ao profissional. Com apenas 18 anos recém-completados, Jany assumiu a meta tricolor após lesões de Letícia Bussato e Thainá e surpreendeu pela personalidade. “Ela foi super bem, com uma personalidade, uma coragem muito grande”, afirmou o preparador. O desempenho seguro chamou atenção da comissão técnica da Seleção, que enxergou potencial imediato na jovem atleta, hoje tratada como uma das principais promessas da posição.
Ter goleiras convocadas não é novidade no Fluminense. Ravena, Mariana, Amanda Coimbra e Thainá já vestiram a camisa da Seleção Brasileira após passagem pelo clube, consolidando uma tradição formada nos últimos anos. O histórico reforça a credibilidade do trabalho interno e mostra que os resultados não são fruto do acaso. Cada atleta que chega ao cenário nacional, segundo Fernando, ajuda a fortalecer a cultura da posição no clube, que mantém estrutura integrada entre base e profissional.
Além das goleiras, o Fluminense teve outras duas atletas chamadas para a Seleção Sub-20: a meia Adrielly e a atacante Carioca. As convocações ampliam a representatividade do clube no ciclo da categoria e reforçam a consistência do projeto, que busca formação completa e competitiva. Para Fernando, ver diferentes posições representadas reafirma o impacto do trabalho desenvolvido no CT Carlos Castilho, especialmente em uma temporada marcada por evolução coletiva.

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Fernando Benvindo concluiu destacando que o momento simboliza a recompensa por anos de dedicação. Para ele, ter Cláudia e Jany na Seleção é mais do que uma conquista individual: é reflexo de um ambiente que valoriza formação, competitividade e oportunidades. “A convocação coroa o trabalho que a gente vem fazendo”, declarou. Com duas goleiras representando o Brasil ao mesmo tempo, o Fluminense reforça sua posição como centro de excelência e mira novos avanços para a próxima temporada no futebol feminino.








