Bittencourt deu o seu recado sobre a Cria de Xerém
Na última quarta-feira (22), o Fluminense venceu o Sampaio Corrêa por 2 a 0 e carimbou sua vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, em partida disputada no Maracanã. O Tricolor fechou o duelo contra a equipe maranhense com um placar agregado de 4 a 0, já que também venceu o primeiro confronto por 2 a 0.
Os gols do Tricolor foram marcados por Jhon Arias e John Kennedy. Foi o primeiro gol do camisa 9 depois de ser reintegrado ao elenco, após ser afastado por atos de indisciplina. Ao final da partida, tanto o presidente Mário Bittencourt, quanto Fernando Diniz entraram em detalhes sobre a situação do jogador.
O presidente fez questão de deixar claro que o acolhimento feito pelo Clube após dias turbulentos envolvendo a Cria, aconteceu após fortes cobranças sobre Kennedy: “Já é a segunda ou terceira vez em que a gente o abraça, e é muito importante que as pessoas entendam que esse abraço é após a repreensão que a gente deu. Creio que foi entendida, em grande parte, pelas pessoas”.
Diniz, que teve o anúncio de sua renovação cravada durante a coletiva, foi mais detalhista sobre a situação, praticamente desabafando sobre a preocupação que envolveu todo o processo de contornar os problemas causados pela postura do atacante.
Comandante revelou bastidores do Time de Guerreiros
“John Kennedy para mim é motivo de alegria. Atrás do John Kennedy tem uma história difícil e diferente. Vocês não têm acesso, porque para isso tem de conhecer o John Kennedy, conversar com ele. Já conversei com ele mais de 50 vezes. E queremos sempre ajudar. Têm muitas mãos ajudando. O trabalho central é pautado no humano. É uma pessoa que joga futebol, não uma máquina que joga futebol”, iniciou Diniz.
O treinador também explicou que a preocupação maior é o futuro não só do camisa 9, como de atletas que possam ter o mesmo problema: “Muitas vezes quando você vai conhecer o jogador, ele tem um vazio que precisa ser preenchido. Existem outros tantos John Kennedys por aí que vão se perdendo. Aqui no Fluminense já teve. Meu interesse maior é que ele performe agora, mas depois dos 35 o que vai ser? Isso é uma preocupação que eu tenho grande dentro de mim, uma coisa maior. Temos de procurar as pessoas cada vez mais a viver melhor”.
O comandante Tricolor finaliza afirmando que a missão é apoiar para despertar o talento do atacante: “É difícil, mas o que me dá mais prazer. É ajudar o John Kennedy a ele ficar grande do tamanho que ele precisa para desenvolver o talento que ele tem. Ele tem isso que é da pessoa, isso não se compra. Ele tem uma empatia natural com o torcedor, com a criança. Ele fez, fez, fez, e hoje todo mundo gritava pedindo para ele entrar. Isso tudo está dentro do pacote John Kennedy e temos de tentar ajudá-lo”.