O Flamengo desafiou a lógica do futebol mundial e mostrou que camisa pesa, mesmo diante de bilhões. Contra todas as previsões, o Rubro-Negro encarou de igual para igual o poderoso PSG e arrancou um empate heroico na decisão do Mundial de Clubes, quebrando a escrita que costuma apontar o campeão da Champions League como favorito absoluto.

O duelo aconteceu em Doha, no Catar, palco da grande final intercontinental, e colocou frente a frente realidades financeiras opostas. De um lado, o Flamengo, avaliado em 187,5 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhão).
Do outro, o Paris Saint-Germain, com elenco estimado em 1,19 bilhão de euros (aproximadamente R$ 7,8 bilhões), segundo dados do Transfermarkt. Uma diferença de seis vezes no valor de mercado que não se refletiu em campo.
PSG e Flamengo se enfrentaram
Dentro das quatro linhas, o jogo foi tenso, vibrante e decidido nos detalhes. O Flamengo segurou o PSG no tempo normal e levou a decisão para os pênaltis após empate por 1 a 1, resistindo à pressão de um adversário repleto de estrelas e orçamento astronômico. A imagem dos rubro-negros celebrando cada dividida contrastava com o favoritismo europeu.
Na análise fria do resultado, especialistas apontam que o Flamengo soube competir em alto nível, mesmo com limitações financeiras evidentes. O PSG, apesar do domínio territorial em vários momentos, voltou a sofrer em decisões grandes, algo recorrente em sua história recente.
O título acabou decidido nas penalidades, quando o Rubro-Negro desperdiçou quatro cobranças e viu os franceses levantarem o troféu intercontinental pela primeira vez.
Os números ajudam a dimensionar o feito
Para o Flamengo, o impacto vai além do placar. A atuação reforça a imagem internacional do clube, valoriza o elenco e mostra que a distância econômica pode ser reduzida com organização, competitividade e mentalidade vencedora.
Enquanto o PSG figura entre os elencos mais valiosos do planeta atrás apenas de Real Madrid, Arsenal e Manchester City, o Flamengo aparece apenas na 64ª colocação mundial nesse ranking. Individualmente, a diferença também impressiona: Samuel Lino, o jogador mais valioso do Rubro-Negro, é avaliado em 20 milhões de euros, contra 100 milhões de euros de Ousmane Dembélé, principal estrela do time francês.