A ausência de Pedro tem revelado um abismo ofensivo no Flamengo. O centroavante, vice-artilheiro do time em 2025, soma 15 gols em 37 jogos e é praticamente o único atacante com números de protagonista.

Pedro é exceção em ataque que participa de menos da metade dos gols do Flamengo — Foto Joisel AmaralAGIF
Pedro é exceção em ataque que participa de menos da metade dos gols do Flamengo — Foto Joisel AmaralAGIF

Sem ele, o sistema ofensivo rubro-negro parece girar em falso: juntos, todos os outros atacantes do elenco respondem por apenas 39% dos 115 gols da temporada.

RJ – RIO DE JANEIRO – 25/08/2025 – BRASILEIRO A 2025, FLAMENGO X VITORIA – Pedro jogador do Flamengo comemora seu gol durante partida contra o Vitoria no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Meio campo é o ponto forte sem Pedro

A comparação é cruel. Enquanto Arrascaeta, um meia de origem, já marcou 17 vezes no Brasileirão e atingiu 95 gols com a camisa do Flamengo, tornando-se o maior artilheiro estrangeiro da história do clube, nomes de ataque como Bruno Henrique, Luiz Araújo e Everton Cebolinha somam médias que mal chegam a 0,2 gol por partida.

Plata, por exemplo, que viveu altos e baixos desde que chegou, já foi expulso três vezes em dois meses e tem a mesma média de gols que Juninho, reserva desde abril: 0,1 por jogo.

Bruno Henrique, outrora decisivo, hoje marca um gol a cada cinco partidas. E Luiz Araújo, mesmo sendo o atacante mais regular depois de Pedro, não balança as redes desde o clássico contra o Botafogo, em 15 de outubro.

Nos 64 jogos do ano, os atacantes que seguem no elenco somam 45 gols, menos do que os meias e laterais juntos. Wallace Yan, aposta da base, é o único com média próxima à de Pedro, embora ainda longe da eficiência necessária para substituir o camisa 9.

Pedro segue se recuperando

Enquanto o Flamengo espera o retorno de Pedro, que se recupera de uma fratura no antebraço direito e pode voltar no clássico contra o Fluminense, Filipe Luís tenta encontrar soluções. Mas os números mostram que sem Pedro, o ataque rubro-negro é apenas figurante de luxo em um time comandado pelos meias.