Jogo recheado de polêmicas
Neste sábado (20), Flamengo e Criciúma se enfrentaram, no estádio Mané Garrincha, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, e o Mengão, de virada, com gols de Pedro e Gabigol, decretaram a vitória do Mengão por 2 a 1.
Inclusive, o segundo gol do Flamengo, convertido por Gabigol, após a marcação de um pênalti completamente raro marcado pelo árbitro Maguielson Lima Barbosa chamou a atenção de todos.
No lance, Everton Cebolinha estava com a posse da bola, porém, uma segunda bola foi arremessada em campo por um torcedor do Flamengo, e no momento que Cebolinha recebeu a bola que estava em jogo, dentro da área, para finalizar, Barreto, do Criciúma, chutou a bola arremessada pela torcida em direção a bola de jogo, interferindo diretamente no lance.
A decisão do árbitro e a confirmação de PC
Assim, na hora, o árbitro apontou para a cal e assinalou o pênalti. Por ser um lance atípico, poucas vezes visto no futebol mundial, muitos ficaram se perguntando se realmente a regra estabelecia pênalti em casos assim.
Ao fim da transmissão do jogo, Paulo César de Oliveira, ex-árbitro Fifa e atual comentarista de arbitragem do grupo Globo, entrou ao no Premiere e explicou a regra, dizendo que o árbitro acertou ao marcar o pênalti.
Você já tinha visto um lance assim antes no futebol mundial?
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“Essa segunda bola na bola principal do jogo. Essa segunda bola, de acordo com a regra, é considerada como um objeto. E na regra 12, nas infrações, punidos com tiro livre e direto, e como foi dentro da área, tiro e direto é pênalti”, começou PC.
E sobre ter duas bolas em campo?
“Toda vez que um jogador usa um objeto, essa segunda bola é considerada como objeto, e a remessa contra um adversário, um membro da arbitragem ou na bola do jogo, como foi o caso, o jogo deve ser reiniciado com tiro livre e direto, portanto, como foi dentro da área, pênalti, bem marcado pelo Maguielson Lima Barbosa”, disse.
“E muitos estão se questionando se ele não deveria paralisar o jogo. De acordo com a regra, o jogo só é paralisado quando você tem uma segunda bola no campo de jogo se essa segunda bola interferir no andamento do jogo”, complementa.
“E nesse caso, não interferiu?”, pergunta o narrador Luiz Carlos Júnior. “Não interferiu porque ela só houve a interferência a partir de uma ação proposital do Barreto. A ação foi proposital do Barreto, olha só, repare que ela tem uma proximidade, mas a interferência ocorre a partir do toque do Barreto, que é proposital, que é uma ação deliberada, intencional, portanto, o Maguielson estava concentrado ali, marcou corretamente o pênalti a favor do Flamengo”, responde Paulo César, concluindo a análise sobre o lance.