O Flamengo está bem perto de anunciar seu novo comandante. Marcos Braz já declarou que tudo está fechado com Tite, faltando apenas o anúncio oficial na Gávea. Depois da catastrófica escolha de Jorge Sampaoli, o Mais Querido volta a ter um treinador brasileiro, refazendo o caminho que trilhou (e logo desistiu), quando fechou com Dorival Júnior. A movimentação citada rendeu um revés pesado ao Clube e trouxe à tona problemas sérios no elenco Rubro-Negro, tanto com o português Vítor Pereira, quanto com o treinador argentino.
Contudo, o período ganhou uma análise surpreendente de Dorival Júnior, que em entrevista ao programa Redação Sportv fez um desabafo sobre sua saída e expôs uma contradição que o deixou bastante chateado, já que o discurso mudou de uma hora pra outra, dando a entender, que sua participação na conquista da Libertadores e da Copa do Brasil foi diminuída pela direção do Clube.
“Fiquei chateado pela saída, bastante, quanto peguei o time lá atrás, meus jogadores não tinham valor, estavam sendo questionados e de repente se torna o melhor elenco sul-americano (deixando no ar) que qualquer um faria o mesmo que foi feito. Por incrível que pareça quando sai, um mês depois, quando perdem o Mundial, falavam em contratações porque o time precisava de reforços. Eu estranhei tudo isso”, iniciou Dorival.
Dorival conclui explicando o seu trabalho e alfinetando: “Comigo era o melhor elenco, era só fazer o simples, o básico. O arroz com fejião”. Depois de ironizar, detalhou: “Arroz e feijão, as pessoas não têm ideia do que é. É você chegar antes das 7h no seu clube, exigir que o trabalho da comissão seja extensivo e vá até o fim do dia, que cobre três maneiras de atacar seu adversário e três de poder ser atacado para apresentar conteúdo aos jogadores. E isso demanda muito estudo”.
No pique. Quem você acha melhor técnico?
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Para finalizar, um desabafo sobre o papel que exerceu na Gávea: “Isso tudo é feijão com arroz, trabalho do dia a dia, de uma comissão que se entrega todos os dias, 24h. Esse é o trabalho feijão com arroz, de paizão. É nossa dedicação que faz a diferença. Por isso questiono muito sobre quando criticam a capacidade do treinador brasileiro. Estamos brigando há tempos, não precisamos de elogios, queremos apenas o entendimento do que é feito dentro de um clube, não é pouco”.