Aos 36 anos, o ciclo de Wallace na seleção masculina de vôlei parecia ter chegado ao fim. Com o quarto lugar nos Jogos de Tóquio, o experiente oposto decidiu se aposentar do time brasileiro para focar no Cruzeiro, o seu atual clube. No entanto, a lesão de Alan na última Liga das Nações, além da necessidade de outro atleta para a posição, fez ele repensar a aposentadoria e ser convocado para a disputa do Mundial.

Wallace durante os Jogos de Tóquio, do ano passado
© Créditos: Toru Hanai/Getty ImagesWallace durante os Jogos de Tóquio, do ano passado

“Acho que a lesão do Alan, infelizmente, aconteceu. E eu acho que talvez a seleção precise um pouco de mim nesse momento. Mais na questão de experiência, passar um pouco mais de experiência para os mais novos, para o Darlan, que está muito bem. Tentar fazer isso da melhor maneira possível”, afirma Wallace.

Na Liga das Nações, o Brasil sofreu por não ter um substituto para Darlan, de 20 anos. Lesionados, Alan e Franco eram opções, mas não puderam estar à disposição para a fase final da competição. Apresentando altos e baixos, a seleção caiu para os Estados Unidos nas quartas de final. O título ficou com a França, que derrotou os próprios norte-americanos na decisão.

Em pouco tempo, o técnico Renan Dal Zotto terá outra competição pela frente: o Mundial, que irá acontecer na Polônia e na Eslovênia a partir de 26 de agosto. “A pressão acontece jogando bem ou mal. Isso é o Brasil. É trabalhar para tentar chegar bem e fazer bons jogos. E tentar buscar os objetivos que vamos traçar. Precisamos ter a cabeça boa. Acho que (a pressão) fazia parte dessa renovação. Não tem jeito, faz parte. Altos e baixos, jovens chegando agora. Vão aprender a lidar um pouco com essa pressão. Faz parte do processo”, opina Wallace.

O opostodiz estar entre 85 e 90% fisicamente pronto. “[…] Preciso mais de ritmo, de treino e de jogos para ficar 100%”, esclareceu. Dos 15 convocados, ainda haverá um corte entre os selecionados por Renan. No grupo B, o Brasil estreia na primeira fase do Mundial contra Cuba, depois enfrenta Japão e Catar.