O impacto imediato de Gui Negão no time profissional do Corinthians vem chamando a atenção. Aos 18 anos, o jovem atacante soma dez partidas desde a estreia contra o Vitória, em junho.

Gui Negão já é 230% mais eficiente que Malcom e dispara em relação a Jô. Foto: Hedeson Alves/AGIF
© Hedeson Alves/AGIFGui Negão já é 230% mais eficiente que Malcom e dispara em relação a Jô. Foto: Hedeson Alves/AGIF

Desde então, Gui Negão já balançou as redes quatro vezes, além de ter dado uma assistência. Só nos últimos cinco jogos, foram quatro gols marcados, desempenho que o coloca como peça decisiva na arrancada alvinegra rumo à semifinal da Copa do Brasil.

Comparação com outros Crias da Base no século

Quando comparado a outros atacantes revelados pelo Terrão neste século, o início de Gui Negão se destaca não apenas pelos números brutos, mas pela eficiência.

Sua média é de 0,4 gol por jogo, mais do que o dobro de nomes que também surgiram como promessas no clube. Wesley, por exemplo, disputou 34 jogos em 2022, mas marcou apenas duas vezes, com média de 0,05 gol por jogo — quase oito vezes menor do que a do atual camisa 9.

Outro caso emblemático é o de Malcom. Estrela da Copinha de 2014 e hoje no Al-Hilal, o atacante precisou de 25 partidas para marcar três vezes, média de 0,12 gol por jogo, índice que Gui já supera em mais de 230%.

O mesmo acontece com Dentinho, que anotou dois gols em 19 jogos em sua primeira temporada: média de 0,10, também distante do rendimento atual da joia corintiana.

Até mesmo Gil, um dos poucos atacantes da base que conseguiu números sólidos logo no início, teve média de 0,18 gol por partida em 2004. Gui, portanto, já marca mais que o dobro do ritmo que o ex-centroavante conseguiu naquele recorte.

Jô e Pedrinho com números mais tímidos no início

Nomes icônicos, como Jô e Pedrinho, também começaram de forma tímida. O primeiro, que se tornaria ídolo multicampeão, estreou em 2003 e precisou de 14 jogos para fazer um gol, ficando com média de 0,07. Já Pedrinho, registrou apenas um gol em 20 partidas, com média de 0,05.

O levantamento do Sofascore mostra, portanto, que Gui Negão não apenas correspondeu à expectativa inicial, mas apresenta desempenho estatisticamente superior a outros atacantes formados no Terrão nos últimos 20 anos.

Com 40% de participação direta em gols (cinco em dez jogos), ele já se coloca em um patamar promissor para repetir — e até superar — a trajetória de nomes que construíram história com a camisa corinthiana.