O Botafogo construiu uma vitória importante sobre o Bragantino no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil Betano. Com gols de Montoro e Barboza ainda no primeiro tempo, o time carioca fez 2 a 0 no Nilton Santos e abriu vantagem para a decisão fora de casa.
Análise tática
A equipe de Davide Ancelotti demonstrou organização e eficiência, especialmente no primeiro tempo, ao explorar bem os lados do campo com apoio dos laterais e aproximação dos pontas.
A marcação alta do Bragantino no início dificultou a saída de bola do Botafogo, mas bastou o time engrenar ofensivamente que a superioridade se impôs. O primeiro gol surgiu em jogada bem trabalhada pela direita, mostrando entrosamento e leitura de espaço.
Mesmo com mais posse e finalizações na segunda etapa, o Botafogo não conseguiu transformar o volume ofensivo em uma goleada. Isso se deu por certa previsibilidade nas jogadas, falhas na tomada de decisão no terço final e excelente atuação do goleiro Cleiton.
Destaques técnicos
- Montoro: mais uma atuação promissora. Participativo, inteligente sem bola e letal quando acionado. Seu gol mostra o faro e a capacidade de se posicionar bem.
- Barboza: sólido defensivamente e decisivo ofensivamente. Sua arrancada e presença na área no segundo gol mostram versatilidade incomum para um zagueiro.
- Savarino: apesar de ainda não estar em seu auge, deu sinais de recuperação, participando ativamente da construção e criando chances.
- Newton: evolução notável na função de primeiro volante, com boa leitura de jogo e cobertura.
Ponto de atenção
O Botafogo mantém o padrão de perder intensidade no segundo tempo, algo que vem se repetindo. Isso pode ser decisivo em jogos mais apertados fora de casa. As substituições de Davide não surtiram o efeito esperado, e isso precisa de ajustes — principalmente para manter o time compacto e agressivo após os 60 minutos.
Conclusão
A vitória foi justa, madura e com bons sinais de crescimento coletivo, mas o placar deixa margem para risco na volta. O Botafogo foi superior, mas ainda precisa ser mais letal se quiser avançar com segurança em um torneio que pune falhas de aproveitamento.
A atuação reforça a boa fase da equipe sob Ancelotti, mas também escancara que ainda há espaço para evolução, sobretudo na gestão de jogo e efetividade ofensiva.